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Mulher de Bo Xilai é indiciada por homicídio na China

Gu Kailai é esposa de Bo Xilai, um dos políticos mais proeminentes do país

Ex-dirigente do Partido Comunista chinês Bo Xilai (à direita) e sua esposa Gu Kailai durante evento em Pequim, em janeiro de 2007 (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2012 às 12h34.

Pequim - Autoridades chinesas indiciaram Gu Kailai por homicídio doloso, informou a mídia estatal nesta quinta-feira. Gu é mulher de Bo Xilai, um dos políticos mais proeminentes do país que caiu em desgraça e é o pivô de um dos maiores escândalos dos últimos tempos na China .

A agência de notícias estatal Xinhua disse que Gu foi processada por autoridades da província de Anhui, além de informar indiciamento de Zhang Xiaojun, sem divulgar mais detalhes sobre ele. Autoridades chinesas haviam dito anteriormente que Gu e um funcionário doméstico de Bo eram suspeitos da morte do empresário britânico Neil Heywood.

Na matéria publicada nesta quinta-feira, a Xinhua informa que a investigação revelou que Gu e seu filho tinham "conflitos de interesse econômico" com Heywood. Gu acreditava que o empresário havia ameaçado a segurança de seu filho, segundo a agência, e matou Heywood por envenenamento com o auxílio de Zhang. A Xinhua não divulgou o primeiro nome do filho de Gu.

Bo, que era uma figura em ascensão na política chinesa, foi deposto em março do cargo de secretário-geral do Partido Comunista na cidade de Chongqing e um mês depois foi acusado por violações à disciplina do partido. As medidas, incomuns, mostram a existência de fissuras no opaco mundo da política chinesa e abalaram as perspectivas de uma transição suave na liderança política chinesa, que acontece uma vez a cada dez anos e deve começar no final deste ano.

Nem Bo nem Gu puderam ser contatados para falar sobre o assunto desde que o governo anunciou que estavam sob investigação.

As informações sobre os indiciamentos surgem uma semana depois de um arquiteto francês, que já foi amigo e conselheiro de Gu ter deixado o Camboja, onde vive, e ido para a China, segundo o governo cambojano para cooperar nas investigações. O arquiteto Patrick Henri Devillers e Mr. Heywood eram parte de um pequeno círculo de amigos e conselheiros de Gu na cidade de Dalian, nordeste da China, na década de 1990, época em que Bo foi prefeito local, segundo várias pessoas que conhecem o grupo.

O escândalo teve início quando o ex-chefe de política de Bo em Chongqing, Wang Lijun, pediu refúgio num consulado dos Estados Unidos na China em fevereiro. Dentre as acusações que ele fez contra seu ex chefe estava a de que Heywood, que morreu em Chongqing no ano passado, foi envenenado após uma discussão com Gu. As informações são da Dow Jones.

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A agência de notícias estatal Xinhua disse que Gu foi processada por autoridades da província de Anhui, além de informar indiciamento de Zhang Xiaojun, sem divulgar mais detalhes sobre ele. Autoridades chinesas haviam dito anteriormente que Gu e um funcionário doméstico de Bo eram suspeitos da morte do empresário britânico Neil Heywood.

Na matéria publicada nesta quinta-feira, a Xinhua informa que a investigação revelou que Gu e seu filho tinham "conflitos de interesse econômico" com Heywood. Gu acreditava que o empresário havia ameaçado a segurança de seu filho, segundo a agência, e matou Heywood por envenenamento com o auxílio de Zhang. A Xinhua não divulgou o primeiro nome do filho de Gu.

Bo, que era uma figura em ascensão na política chinesa, foi deposto em março do cargo de secretário-geral do Partido Comunista na cidade de Chongqing e um mês depois foi acusado por violações à disciplina do partido. As medidas, incomuns, mostram a existência de fissuras no opaco mundo da política chinesa e abalaram as perspectivas de uma transição suave na liderança política chinesa, que acontece uma vez a cada dez anos e deve começar no final deste ano.

Nem Bo nem Gu puderam ser contatados para falar sobre o assunto desde que o governo anunciou que estavam sob investigação.

As informações sobre os indiciamentos surgem uma semana depois de um arquiteto francês, que já foi amigo e conselheiro de Gu ter deixado o Camboja, onde vive, e ido para a China, segundo o governo cambojano para cooperar nas investigações. O arquiteto Patrick Henri Devillers e Mr. Heywood eram parte de um pequeno círculo de amigos e conselheiros de Gu na cidade de Dalian, nordeste da China, na década de 1990, época em que Bo foi prefeito local, segundo várias pessoas que conhecem o grupo.

O escândalo teve início quando o ex-chefe de política de Bo em Chongqing, Wang Lijun, pediu refúgio num consulado dos Estados Unidos na China em fevereiro. Dentre as acusações que ele fez contra seu ex chefe estava a de que Heywood, que morreu em Chongqing no ano passado, foi envenenado após uma discussão com Gu. As informações são da Dow Jones.

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