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Mujica propõe Plano Marshall planetário a favor dos pobres

Com relação à situação dos refugiados na Europa, Mujica precisou que parte dessa emigração está composta por gente com recursos

Ex-presidente uruguaio José Mujica: "Gastamos dois milhões de dólares por minuto nos orçamentos militares e depois não temos para ajudar os pobres", lamentou (Norberto Duarte/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2015 às 14h16.

Zaragoza - O ex-presidente do Uruguai José Mujica pediu nesta terça-feira um Plano Marshall planetário a favor dos pobres, porque embora acredite que a Europa vai conseguir um acordo sobre os refugiados e que a Síria se pacificará, na África pessoas com poucas condições precisarão de ajuda.

Assim afirmou em entrevista coletiva após inaugurar em La Puebla de Albortón (Zaragoza, norte) a praça da Integração, uma homenagem ao libertador do Uruguai José Gervasio Artigas, oriundo desse lugar.

Com relação à situação dos refugiados na Europa, Mujica precisou que parte dessa emigração está composta por gente com recursos, "porque os mais pobres não chegam" e são "os que estão passando pelo pior".

Na opinião do ex-presidente uruguaio, "há muitos preconceitos" para receber os imigrantes, mas advertiu que "se a Europa souber assimilar isto, vai tirar proveito, porque a taxa de natalidade em muitos países é bastante negativa".

Neste sentido, Mujica garantiu que uma corrente de gente jovem é "uma capitalização a longo prazo", e sem ela não se entenderia a história dos Estados Unidos, e embora tenha reconhecido que estas pessoas não chegam "com um pão sob o braço", são capazes de fazer coisas que muitos agora já não fazem.

"Gastamos dois milhões de dólares por minuto nos orçamentos militares e depois não temos para ajudar os pobres", lamentou Mujica, que afirmou que "estamos em uma época na qual dependemos uns de outros e não nos damos conta de que estamos todos no mesmo barco, que são nossos pobres".

Mujica lembrou que a Argentina recebia 350 mil pessoas por ano procedentes da Itália e Espanha, e que "essa América foi construída em grande parte pelos emigrantes, que trouxeram ofícios e foram a lutar por seu porvir".

O ex-dirigente uruguaio explicou que a emigração coloca dois problemas, os imigrantes e a cultura, e neste caso trata-se de uma imigração atraída culturalmente pelo desenvolvimento da Alemanha", e que no entanto "não nos tomamos o trabalho de ir a desenvolver esses países".

Com relação às dificuldades de integração que possam ter os refugiados sírios, Mujica reconheceu que "existe uma barreira cultural; o homem é o rei do lar e isso choca", por isso considera que o essencial é a "tolerância quando somos diferentes".

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Zaragoza - O ex-presidente do Uruguai José Mujica pediu nesta terça-feira um Plano Marshall planetário a favor dos pobres, porque embora acredite que a Europa vai conseguir um acordo sobre os refugiados e que a Síria se pacificará, na África pessoas com poucas condições precisarão de ajuda.

Assim afirmou em entrevista coletiva após inaugurar em La Puebla de Albortón (Zaragoza, norte) a praça da Integração, uma homenagem ao libertador do Uruguai José Gervasio Artigas, oriundo desse lugar.

Com relação à situação dos refugiados na Europa, Mujica precisou que parte dessa emigração está composta por gente com recursos, "porque os mais pobres não chegam" e são "os que estão passando pelo pior".

Na opinião do ex-presidente uruguaio, "há muitos preconceitos" para receber os imigrantes, mas advertiu que "se a Europa souber assimilar isto, vai tirar proveito, porque a taxa de natalidade em muitos países é bastante negativa".

Neste sentido, Mujica garantiu que uma corrente de gente jovem é "uma capitalização a longo prazo", e sem ela não se entenderia a história dos Estados Unidos, e embora tenha reconhecido que estas pessoas não chegam "com um pão sob o braço", são capazes de fazer coisas que muitos agora já não fazem.

"Gastamos dois milhões de dólares por minuto nos orçamentos militares e depois não temos para ajudar os pobres", lamentou Mujica, que afirmou que "estamos em uma época na qual dependemos uns de outros e não nos damos conta de que estamos todos no mesmo barco, que são nossos pobres".

Mujica lembrou que a Argentina recebia 350 mil pessoas por ano procedentes da Itália e Espanha, e que "essa América foi construída em grande parte pelos emigrantes, que trouxeram ofícios e foram a lutar por seu porvir".

O ex-dirigente uruguaio explicou que a emigração coloca dois problemas, os imigrantes e a cultura, e neste caso trata-se de uma imigração atraída culturalmente pelo desenvolvimento da Alemanha", e que no entanto "não nos tomamos o trabalho de ir a desenvolver esses países".

Com relação às dificuldades de integração que possam ter os refugiados sírios, Mujica reconheceu que "existe uma barreira cultural; o homem é o rei do lar e isso choca", por isso considera que o essencial é a "tolerância quando somos diferentes".

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