Exame Logo

Mubarak é libertado por uma causa, mas é preso por outra

O ex-presidente egípcio foi libertado pela morte de manifestantes, embora continue detido por outros casos de corrupção

O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak é retirado de maca do tribunal após o seu julgamento no Cairo, Egito (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2013 às 12h09.

Cairo - Um tribunal ordenou nesta segunda-feira a liberdade provisória do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak no processo movido contra ele pela morte de manifestantes, embora continue detido por outros casos de corrupção, informaram à Agência Efe fontes judiciais.

O advogado da acusação, Fathi Abulhasan, explicou à Efe que a ordem do juiz que decretou sua liberdade provisória se refere apenas a seu processo pela morte de manifestantes, já que se completaram dois anos de sua detenção, o tempo máximo estipulado pela lei para prorrogar uma detenção preventiva.

O Tribunal de Apelação do Cairo, presidido pelo magistrado Mohammed Reda Shaukat, atendeu à reivindicação apresentada pelos advogados de Mubarak, que tinham pedido sua libertação ao entender que já tinha expirado a medida cautelar ordenada contra o ex-presidente.

No entanto, como esclareceu Abulhasan, há oito dias a Procuradoria Geral emitiu uma nova ordem de prisão preventiva por um novo caso de corrupção, no qual é acusado junto com sua mulher e seus dois filhos de se apropriar de maneira ilícita de fundos públicos reservados para as despesas do palácio presidencial.

"Os advogados de Mubarak estão tentando conseguir sua libertação para que abandone o país, mas achamos que a Procuradoria não permitirá, já que não assumirá perante o povo a responsabilidade de deixá-lo livre e poder sair do país", disse o magistrado.


Essa opinião é compartilhada por outro advogado de acusação, Emad Awad al Shidi, que lembrou que já tinham previsto a decisão de hoje do tribunal, mas que afirmou que Mubarak "terá que cumprir os períodos de prisão preventiva por cada um dos três casos de corrupção que tem pendentes".

Dezenas de partidários do ex-presidente se reuniram nos arredores da Academia de Polícia, onde foi realizada a audiência por questões de segurança, para cantar slogans como "Mubarak está em nossos corações".

O ex-mandatário, que governou o Egito com punho de ferro durante três décadas até a revolução de 2011, foi transferido nesta manhã para a academia entre fortes medidas de segurança.

Desde finais de dezembro, está internado por motivos de saúde no Hospital Militar de Maadi, embora a Procuradoria tenha pedido um relatório sobre seu estado para estudar a possibilidade de voltar à prisão.

Mubarak está sendo julgado de novo desde no sábado ela morte de manifestantes durante a revolução, depois que em janeiro um tribunal anulou a sentença à prisão perpétua que pesava contra ele.

*Matéria atualizada às 12h08

Veja também

Cairo - Um tribunal ordenou nesta segunda-feira a liberdade provisória do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak no processo movido contra ele pela morte de manifestantes, embora continue detido por outros casos de corrupção, informaram à Agência Efe fontes judiciais.

O advogado da acusação, Fathi Abulhasan, explicou à Efe que a ordem do juiz que decretou sua liberdade provisória se refere apenas a seu processo pela morte de manifestantes, já que se completaram dois anos de sua detenção, o tempo máximo estipulado pela lei para prorrogar uma detenção preventiva.

O Tribunal de Apelação do Cairo, presidido pelo magistrado Mohammed Reda Shaukat, atendeu à reivindicação apresentada pelos advogados de Mubarak, que tinham pedido sua libertação ao entender que já tinha expirado a medida cautelar ordenada contra o ex-presidente.

No entanto, como esclareceu Abulhasan, há oito dias a Procuradoria Geral emitiu uma nova ordem de prisão preventiva por um novo caso de corrupção, no qual é acusado junto com sua mulher e seus dois filhos de se apropriar de maneira ilícita de fundos públicos reservados para as despesas do palácio presidencial.

"Os advogados de Mubarak estão tentando conseguir sua libertação para que abandone o país, mas achamos que a Procuradoria não permitirá, já que não assumirá perante o povo a responsabilidade de deixá-lo livre e poder sair do país", disse o magistrado.


Essa opinião é compartilhada por outro advogado de acusação, Emad Awad al Shidi, que lembrou que já tinham previsto a decisão de hoje do tribunal, mas que afirmou que Mubarak "terá que cumprir os períodos de prisão preventiva por cada um dos três casos de corrupção que tem pendentes".

Dezenas de partidários do ex-presidente se reuniram nos arredores da Academia de Polícia, onde foi realizada a audiência por questões de segurança, para cantar slogans como "Mubarak está em nossos corações".

O ex-mandatário, que governou o Egito com punho de ferro durante três décadas até a revolução de 2011, foi transferido nesta manhã para a academia entre fortes medidas de segurança.

Desde finais de dezembro, está internado por motivos de saúde no Hospital Militar de Maadi, embora a Procuradoria tenha pedido um relatório sobre seu estado para estudar a possibilidade de voltar à prisão.

Mubarak está sendo julgado de novo desde no sábado ela morte de manifestantes durante a revolução, depois que em janeiro um tribunal anulou a sentença à prisão perpétua que pesava contra ele.

*Matéria atualizada às 12h08

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaCorrupçãoEgitoEscândalosFraudesPrisões

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame