Moscou denunciará acordos sobre estadia da frota russa
Kremlin anunciou que a Rússia denunciará os acordos com a Ucrânia sobre a permanência da Frota russa do Mar Negro na Crimeia
Da Redação
Publicado em 28 de março de 2014 às 14h27.
Moscou - O Kremlin anunciou nesta sexta-feira que a Rússia denunciará os acordos com a Ucrânia sobre a permanência da Frota russa do Mar Negro na Crimeia , península que passou a fazer parte, na semana passada, da Federação Russa.
Durante a reunião de hoje do Conselho de Segurança da Rússia presidida pelo presidente, Vladimir Putin, foi decidido começar o processo de denúncia de vários acordos bilaterais com o país vizinho, anunciou Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.
Entre esses acordos estariam os que estipulam as condições da estadia da frota russa no porto de Sebastopol e o pagamento do aluguel, e que foram assinados em Kiev em maio de 1997, segundo as agências locais.
Moscou também denunciará o acordo assinado em abril de 2010 em Kharkiv em presença do agora deposto presidente, Viktor Yanukovich, sobre o prolongamento da estadia da frota russa por outros 25 anos, de 2017 até 2042.
À época, o acordo gerou fortes críticas entre a oposição ucraniana, que acusou Yanukovich de "trair os interesses nacionais", e convocou protestos antigoverno.
Supostamente, Yanukovich violou o artigo 17 da Constituição que não permite a presença de bases estrangeiras em território ucraniano.
Por isso, alguns opositores se mostraram alarmados sobre a possibilidade de que isso fosse o começo da devolução a Moscou da Crimeia, que o líder soviético Nikita Kruschev cedeu à Ucrânia em 1954.
Após a vitória da Revolução Laranja em 2004, o presidente, Viktor Yushchenko, propôs não renovar o acordo de arrendamento do porto de Sebastopol à frota russa que expirava em 2017, mas Yanukovich o prorrogou pouco depois de chegar ao poder.
Por sua vez, o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou hoje devolver à Ucrânia armamento, equipes, navios e aviões, mas somente das unidades militares na Crimeia que guardaram lealdade a Kiev até o último momento.
Segundo fontes oficiais ucranianas, dos quase 20 mil militares ucranianos enviados à península, apenas 4 mil decidiram retornar à Ucrânia, enquanto o restante passou para o lado russo.
Durante uma reunião com Putin, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, anunciou que "a retirada (da Crimeia) das unidades do exército ucraniano que manifestaram sua vontade de seguir para o serviço das Forças Armadas da Ucrânia terminou".
Moscou - O Kremlin anunciou nesta sexta-feira que a Rússia denunciará os acordos com a Ucrânia sobre a permanência da Frota russa do Mar Negro na Crimeia , península que passou a fazer parte, na semana passada, da Federação Russa.
Durante a reunião de hoje do Conselho de Segurança da Rússia presidida pelo presidente, Vladimir Putin, foi decidido começar o processo de denúncia de vários acordos bilaterais com o país vizinho, anunciou Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.
Entre esses acordos estariam os que estipulam as condições da estadia da frota russa no porto de Sebastopol e o pagamento do aluguel, e que foram assinados em Kiev em maio de 1997, segundo as agências locais.
Moscou também denunciará o acordo assinado em abril de 2010 em Kharkiv em presença do agora deposto presidente, Viktor Yanukovich, sobre o prolongamento da estadia da frota russa por outros 25 anos, de 2017 até 2042.
À época, o acordo gerou fortes críticas entre a oposição ucraniana, que acusou Yanukovich de "trair os interesses nacionais", e convocou protestos antigoverno.
Supostamente, Yanukovich violou o artigo 17 da Constituição que não permite a presença de bases estrangeiras em território ucraniano.
Por isso, alguns opositores se mostraram alarmados sobre a possibilidade de que isso fosse o começo da devolução a Moscou da Crimeia, que o líder soviético Nikita Kruschev cedeu à Ucrânia em 1954.
Após a vitória da Revolução Laranja em 2004, o presidente, Viktor Yushchenko, propôs não renovar o acordo de arrendamento do porto de Sebastopol à frota russa que expirava em 2017, mas Yanukovich o prorrogou pouco depois de chegar ao poder.
Por sua vez, o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou hoje devolver à Ucrânia armamento, equipes, navios e aviões, mas somente das unidades militares na Crimeia que guardaram lealdade a Kiev até o último momento.
Segundo fontes oficiais ucranianas, dos quase 20 mil militares ucranianos enviados à península, apenas 4 mil decidiram retornar à Ucrânia, enquanto o restante passou para o lado russo.
Durante uma reunião com Putin, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, anunciou que "a retirada (da Crimeia) das unidades do exército ucraniano que manifestaram sua vontade de seguir para o serviço das Forças Armadas da Ucrânia terminou".