Morre ex-presidente alemão Richard von Weizsäcker aos 94
Weizsäcker teve um papel importante na maneira como a Alemanha administrou seu passado nazista ao afirmar que o 8 de maio de 1945 foi um dia de "libertação"
Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2015 às 11h18.
O ex-presidente da República Federal da Alemanha Richard von Weizsäcker, considerado uma das principais autoridades morais da Alemanha do pós-guerra, faleceu aos 94 anos, informou a presidência alemã.
Weizsäcker, membro da União Democrática Cristã (CDU), partido da chanceler Angela Merkel, teve um papel importante na maneira como a Alemanha administrou seu passado nazista ao afirmar pela primeira vez que o 8 de maio de 1945 foi um dia de "libertação" e não de rendição do país.
Presidente entre 1984 e 1994, no período de governo do chanceler Helmut Kohl, Weizsäcker foi "uma testemunha do século", afirmou o atual presidente da Alemanha, Joachim Gauck, em um comunicado.
"Perdemos um grande homem e um chefe de Estado excepcional", completou.
Weizsäcker — cujo pai, um diplomata, foi condenado no julgamento dos dirigentes nazistas em Nuremberg por suas atividades durante o III Reich — trabalhou para que os alemães assumissem o passado e deu ao cargo de presidente, principalmente honorário, uma dimensão moral.
Em 1985, no 40º aniversário da derrota do III Reich, afirmou aos deputados do Bundestag que o 8 de maio de 1945 marcou "a libertação do sistema que menospreza a dignidade humana". Na época, parte da direita alemã ainda lamentava a derrota do país na Segunda Guerra Mundial.
Richard von Weizsäcker, advogado de formação, foi prefeito de Berlim Ocidental entre 1981 e 1984. Durante sua presidência aconteceram a queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989, e a posterior reunificação das duas Alemanhas, em 3 de outubro de 1990.
O ex-presidente da República Federal da Alemanha Richard von Weizsäcker, considerado uma das principais autoridades morais da Alemanha do pós-guerra, faleceu aos 94 anos, informou a presidência alemã.
Weizsäcker, membro da União Democrática Cristã (CDU), partido da chanceler Angela Merkel, teve um papel importante na maneira como a Alemanha administrou seu passado nazista ao afirmar pela primeira vez que o 8 de maio de 1945 foi um dia de "libertação" e não de rendição do país.
Presidente entre 1984 e 1994, no período de governo do chanceler Helmut Kohl, Weizsäcker foi "uma testemunha do século", afirmou o atual presidente da Alemanha, Joachim Gauck, em um comunicado.
"Perdemos um grande homem e um chefe de Estado excepcional", completou.
Weizsäcker — cujo pai, um diplomata, foi condenado no julgamento dos dirigentes nazistas em Nuremberg por suas atividades durante o III Reich — trabalhou para que os alemães assumissem o passado e deu ao cargo de presidente, principalmente honorário, uma dimensão moral.
Em 1985, no 40º aniversário da derrota do III Reich, afirmou aos deputados do Bundestag que o 8 de maio de 1945 marcou "a libertação do sistema que menospreza a dignidade humana". Na época, parte da direita alemã ainda lamentava a derrota do país na Segunda Guerra Mundial.
Richard von Weizsäcker, advogado de formação, foi prefeito de Berlim Ocidental entre 1981 e 1984. Durante sua presidência aconteceram a queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989, e a posterior reunificação das duas Alemanhas, em 3 de outubro de 1990.