Montenegro formaliza em Washington seu ingresso na Otan
Montenegro, que tem uma população de cerca de 625.000 habitantes, controla o último trecho do mar Adriático que ainda não fazia parte da Aliança Atlântica
EFE
Publicado em 5 de junho de 2017 às 16h54.
Última atualização em 5 de junho de 2017 às 16h58.
Washington - Montenegro formalizou nesta segunda-feira seu ingresso na Otan em uma cerimônia em Washington na qual o primeiro-ministro do país, Dusko Markovic, definiu a organização militar como "a aliança mais poderosa e exitosa da história"
O país balcânico se tornou o 29º membro da Otan, com o ingresso oficializado em um ato realizado na sede do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
"Hoje nos transformamos em parte da aliança mais poderosa e exitosa da história", afirmou Marcovic, que prometeu que o seu país será um aliado "forte".
O subsecretário de Estado para Assuntos Políticos dos EUA, Thomas Shannon, felicitou Montenegro e destacou que "foi um parceiro confiável e um fornecedor de forças para missões da Otan, da União Europeia e da ONU".
O ingresso de Montenegro na Otan representa um marco "importante" para a "visão" americana de uma "Europa livre e em paz", acrescentou o subsecretário de Estado.
Também participou do ato o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, que salientou que "o compromisso com a Aliança é tão forte quanto sempre".
"O ingresso de Montenegro é bom para Montenegro. É também bom para a estabilidade dos Balcãs ocidentais e é bom para a paz e a segurança nacional", indicou Stoltenberg.
O parlamento de Montenegro aprovou no último dia 28 de abril a adesão do país como 29º membro da Otan, apesar de certa rejeição popular e de boa parte da oposição, que exige um referendo popular para ratificar esse passo.
A entrada de Montenegro na Otan acontece também em meio a tensas relações entre o Ocidente e a Rússia, que criticou a expansão da Aliança para o sudeste da Europa e lamentou a decisão de Montenegro, um aliado tradicional de Moscou.
Montenegro, que tem uma população de cerca de 625.000 habitantes, controla o último trecho do mar Adriático que ainda não fazia parte da Aliança Atlântica.
O seu ingresso representa ainda a primeira ampliação da Otan desde 2009, quando entraram dois dos seus vizinhos: Croácia e Albânia.