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Montadoras apresentam carros sustentáveis no Salão de Detroit

Grande quantidade de híbridos apresentados nesta edição do salão do automóvel de Detroit demonstra que esta tecnologia 'está dando energia à indústria', disse Jim Lentz

Toyota Prius C: a nova versão do primeiro híbrido do mercado tem tamanho menor, peso menor e autonomia de 53 milhas por galão na cidade (25 quilômetros por litro) (Getty Images)

Toyota Prius C: a nova versão do primeiro híbrido do mercado tem tamanho menor, peso menor e autonomia de 53 milhas por galão na cidade (25 quilômetros por litro) (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2012 às 01h17.

Detroit - As montadoras reunidas neste mês no Salão Internacional do Automóvel da América do Norte, em Detroit (EUA), apresentaram nesta terça-feira novos modelos híbridos e elétricos que buscam eliminar a dependência à gasolina, à procura de carros cada vez mais inteligentes.

O evento, iniciado nesta segunda-feira em Detroit, foi protagonizado nesta terça-feira pelas fabricantes japonesas. Elas apresentaram à imprensa as novidades em tecnologia híbrida, como o novo Toyota Prius C, que estará à venda neste ano.

Esta nova versão do primeiro híbrido do mercado tem tamanho menor, peso menor e autonomia de 53 milhas por galão na cidade (25 quilômetros por litro). Tudo a um preço que rondará US$ 19 mil nos EUA, não muito acima de concorrentes com motores de explosão como o Ford Fiesta e o Chevrolet Cruze.

Como disse nesta terça-feira o presidente de Toyota Motor Sales - a filial da japonesa nos EUA -, Jim Lentz, a grande quantidade de híbridos apresentados nesta edição do salão do automóvel de Detroit demonstra que esta tecnologia 'está dando energia à indústria'.

'Em 1997, lançamos o Prius, o primeiro veículo híbrido de gasolina e eletricidade. Quando chegou aos EUA, em 2000, muitos o chamaram de a maior bobagem já inventada', lembrou Lentz. Para ele, o futuro precisa de veículos de células de hidrogênio e elétricos, com nível zero de emissões de gases poluentes.

A empresa japonesa, que em 2008 superou a General Motors (GM) como maior montadora mundial, também apresentou nesta terça-feira o conceito NS4, um híbrido que permitirá o uso de um automóvel elétrico com a assistência de um motor a gasolina, em caso de emergência.

O NS4 integra tecnologias que marcarão o futuro do automóvel na visão da Toyota, como o fim dos retrovisores e a implantação de um conjunto de câmeras para controlar a área adjacente do automóvel e telas táteis que devem aposentar os painéis clássicos e conectar o veículo à 'nuvem' da internet.


Com uma inspiração similar, a Honda apresentou o conceito que marcará o novo Accord, que estará disponível com tração híbrida que permitirá ao motorista, por exemplo, selecionar apenas o modo elétrico na cidade com um percurso de até 15 milhas (24 quilômetros) e voltar para casa para carregar o veículo.

O vice-presidente executivo da Honda nos EUA, John Mendel, anunciou em entrevista coletiva que, desde 2013, todos os seus modelos integrarão mais câmeras e sensores com o objetivo de eliminar os pontos cegos e saber a proximidade de todos os lados do veículo.

Mas as apostas mais ousadas de Detroit são das marcas que decidiram apostar no elétrico puro, que ainda não consegue despontar no mercado devido ao alto preço desta tecnologia e à inconveniência de sua autonomia limitada.

Ricardo Reyes, vice-presidente de comunicação da Tesla, afirmou à Agência Efe que o motor de explosão é coisa do passado e que a complexa logística para o fornecimento de petróleo aos automóveis que circulam nos EUA indicam um grande futuro para o modelo elétrico.

A Tesla, companhia californiana focada apenas no veículo elétrico, apresentou nesta terça-feira o carro de luxo Model S, seu segundo modelo alimentado por baterias. A empresa estima vender 20 mil unidades por ano do veículo, cuja versão mais potente pode percorrer 300 milhas (480 quilômetros) com uma só carga.

'Somos uma empresa pequena e, por enquanto, o mercado mais rentável é o de veículos de luxo, mas acreditamos que, a partir da terceira geração, poderemos chegar a um maior número de consumidores à medida que os preços ficarem mais baratos', destacou Reyes.

Detroit, que ainda sofre com o fechamento de empresas e a falta de empregos provocadas pela crise no setor, espera que este ano seja o início de uma nova etapa para o setor automotivo americano, agora o segundo maior mercado do mundo após ser superado pela China em 2009. O Salão vai até o próximo dia 22. 

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