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Míssil norte-coreano foi visto por tripulação em voo, diz aérea

Aeronave voava de São Francisco (EUA) para Hong Kong no dia em que Coreia do Norte lançou o míssil mais poderoso do seu arsenal, o Hwasong-15

Coreia do Norte divulga fotos do seu último teste de um míssil intercontinental, Hwasong-15 (KCNA/Reuters)

Gabriela Ruic

Publicado em 4 de dezembro de 2017 às 10h03.

Última atualização em 12 de dezembro de 2017 às 14h01.

São Paulo – A tripulação de um voo da aéreaCathay Pacific, o CX893 que voava de São Francisco (EUA) para Hong Kong, alega ter visto o que seria o momento da reentrada na atmosfera do míssil lançado pela Coreia do Norte na última semana de novembro. A informação foi dada pela própria empresa em um comunicado divulgado nesta segunda-feira.

“Embora o voo estivesse longe do local do evento, a tripulação informou o controle aéreo do Japão. A operação não foi afetada”, disse aCathay Pacific. “Continuamos em estado de alerta e vamos revisar a situação na medida em que ela se desenvolver”, continuou a aérea de Hong Kong, que não irá rever suas rotas por enquanto. A empresa informou, ainda, não ter imagens do incidente.

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O míssil que o regime de Kim Jong-un lançou na semana passada é o Hwasong-15, o maior e mais poderoso de todo o arsenal do programa nuclear norte-coreano. O objeto partiu da base de Pyongsong, atingiu entre 4 mil e 4.500 quilômetros de altitude e voou por 53 minutos antes de cair a uma distância de 950 quilômetros do ponto inicial, já próximo da costa do Japão.

Outro voo daCathay Pacific, o CX096 que seguia de Hong Kong para o Alasca (EUA), pode ter passado ainda mais próximo do local onde o míssil caiu. De acordo com informações obtidas pelo site de notícias de Hong Kong Southern China Morning Post, a aeronave de carga sobrevoava o Japão no momento em que o míssil foi lançado.

Os testes balísticos norte-coreanos são tema de preocupação para a aviação. Em agosto passado, veículos de imprensa noticiaram que um voo da Air France, que era ocupado por 323 pessoas, teria passado por um ponto no Mar do Japão minutos antes da queda de outro míssil. Na ocasião, a empresa desmentiu o incidente, mas dias depois anunciou a ampliação sua zona de não sobrevoo para se manter distante do território da Coreia do Norte.

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