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Ministro nega interesse de Lula em se candidatar em 2014

"Lula não quer, em 2014, em hipótese nenhuma ele gostaria. E 2018 está muito longe", declarou o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho

Lula celebra posse de Dilma após passar a faixa à nova presidente do Brasil (Fabio Rodrigues/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2011 às 17h27.

São Paulo - O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que não há "nenhuma hipótese" de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disputar a Presidência em 2014 e negou ingerências na administração da governante, Dilma Rousseff.

Carvalho, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e estreito colaborador de Lula, disse que o ex-mandatário não está se preparando para concorrer ao pleito em 2014, em entrevista concedida ao portal de notícias "G1".

"(Lula) não quer, em 2014, em hipótese nenhuma ele gostaria. E 2018 está muito longe. A oposição precisa levar em conta isso. Nosso time, além de bom plantel, tem bom banco. Não pense que colocamos todas as fichas na mesa. E Lula permanece figura que nos ajuda, apoia. Como candidatura, nenhuma hipótese de ele ser candidato em 2014. Ele não aceitaria de jeito nenhum", afirmou.

Porém, considerou "natural" se a presidente Dilma decidir aspirar à reeleição.

O ministro qualificou de "muito especial" a relação entre a presidente e seu mentor político, Lula, um vínculo que para o ministro se caracteriza por uma sintonia "muito impressionante" e é merecedor de "muitos estudos".

Carvalho reconheceu que algumas viagens de Lula à Brasília foram interpretadas como a resposta a um pedido de ajuda da presidente em momentos complicados, mas rejeitou que o ex-mandatário interfira nas decisões da chefe de Estado e atue como "uma sombra dela".

"Dilma não depende de Lula para tomar decisões", acrescentou.

O ministro também comentou sobre a crise no Governo causada pela recente demissão do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, que deixou o cargo após ser acusado de tráfico de influência e de conflito de interesses.

"É inegável, também, que é um governo que sofreu uma crise prematura, não vamos esconder o sol com a peneira. Essa crise do Palocci não dá para subestimar, foi um golpe duro que aconteceu prematuramente, e o governo não estava preparado", disse o ministro.

Para Carvalho, "nenhum Governo está preparado para crise alguma", mas reconhece que a demissão de Palocci, que o qualificou de "figura chave", seis meses após tomar posse, aconteceu "cedo demais".

Palocci se viu obrigado a renunciar o cargo depois que a imprensa divulgou que nos últimos quatro anos, período no qual o ministro foi deputado e consultor, multiplicou seu patrimônio em 20 vezes.

"Deve-se levar em conta que a razão pela qual Palocci caiu não foi por uma razão pós-posse dele, foi anterior. Confesso que tenho muita dificuldade para fazer avaliação moral desta história, acho que não me compete isso", disse.

No entanto, Carvalho questionou a maneira como o ex-ministro lidou com a situação.

"Politicamente analisando, Palocci não precisava ter feito o que fez, e nós não precisaríamos tê-lo perdido. Aí sim, acho que teve erro político, de comprar uma casa com tanta ostentação como aquela e assim por diante. Mas insisto: é julgamento relativo. ", declarou.

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São Paulo - O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que não há "nenhuma hipótese" de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disputar a Presidência em 2014 e negou ingerências na administração da governante, Dilma Rousseff.

Carvalho, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e estreito colaborador de Lula, disse que o ex-mandatário não está se preparando para concorrer ao pleito em 2014, em entrevista concedida ao portal de notícias "G1".

"(Lula) não quer, em 2014, em hipótese nenhuma ele gostaria. E 2018 está muito longe. A oposição precisa levar em conta isso. Nosso time, além de bom plantel, tem bom banco. Não pense que colocamos todas as fichas na mesa. E Lula permanece figura que nos ajuda, apoia. Como candidatura, nenhuma hipótese de ele ser candidato em 2014. Ele não aceitaria de jeito nenhum", afirmou.

Porém, considerou "natural" se a presidente Dilma decidir aspirar à reeleição.

O ministro qualificou de "muito especial" a relação entre a presidente e seu mentor político, Lula, um vínculo que para o ministro se caracteriza por uma sintonia "muito impressionante" e é merecedor de "muitos estudos".

Carvalho reconheceu que algumas viagens de Lula à Brasília foram interpretadas como a resposta a um pedido de ajuda da presidente em momentos complicados, mas rejeitou que o ex-mandatário interfira nas decisões da chefe de Estado e atue como "uma sombra dela".

"Dilma não depende de Lula para tomar decisões", acrescentou.

O ministro também comentou sobre a crise no Governo causada pela recente demissão do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, que deixou o cargo após ser acusado de tráfico de influência e de conflito de interesses.

"É inegável, também, que é um governo que sofreu uma crise prematura, não vamos esconder o sol com a peneira. Essa crise do Palocci não dá para subestimar, foi um golpe duro que aconteceu prematuramente, e o governo não estava preparado", disse o ministro.

Para Carvalho, "nenhum Governo está preparado para crise alguma", mas reconhece que a demissão de Palocci, que o qualificou de "figura chave", seis meses após tomar posse, aconteceu "cedo demais".

Palocci se viu obrigado a renunciar o cargo depois que a imprensa divulgou que nos últimos quatro anos, período no qual o ministro foi deputado e consultor, multiplicou seu patrimônio em 20 vezes.

"Deve-se levar em conta que a razão pela qual Palocci caiu não foi por uma razão pós-posse dele, foi anterior. Confesso que tenho muita dificuldade para fazer avaliação moral desta história, acho que não me compete isso", disse.

No entanto, Carvalho questionou a maneira como o ex-ministro lidou com a situação.

"Politicamente analisando, Palocci não precisava ter feito o que fez, e nós não precisaríamos tê-lo perdido. Aí sim, acho que teve erro político, de comprar uma casa com tanta ostentação como aquela e assim por diante. Mas insisto: é julgamento relativo. ", declarou.

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