Ministro de Israel sugere saída unilateral da Cisjordânia
Ambas partes tentaram no início deste ano impulsionar o processo com contatos diretos em Amã, mas as reuniões acabaram sem um compromisso para reiniciar a negociação
Da Redação
Publicado em 30 de maio de 2012 às 14h33.
Jerusalém - O ministro da Defesa de Israel , Ehud Barak, sugeriu nesta quarta-feira que Israel poderia considerar uma retirada unilateral do território ocupado palestino da Cisjordânia caso fracassem as negociações de paz, estagnadas desde 2010.
Com a grande coalizão de governo atual, liderada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e que agrupa 94 dos 120 deputados da Knesset (Parlamento israelense), "chegou a hora de liderar um processo diplomático" com os palestinos, disse Barak em uma conferência em Tel Aviv, informou o site do jornal israelense "Haaretz".
"Mas, se não for possível alcançar um acordo permanente de paz com os palestinos, devemos considerar um acordo interino ou inclusive um movimento unilateral", declarou.
O titular de Defesa israelense destacou a urgência de reativar as negociações de paz já que, se não houver avanços nesse caminho, Israel "se chocará contra um muro e pagará o preço".
Netanyahu e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, se comprometeram em setembro de 2010 com um diálogo de paz impulsionado por Washington que estagnou poucas semanas de começar pela negativa do primeiro em frear a expansão dos assentamentos judaicos em território palestino e do segundo em negociar enquanto continuem crescendo as colônias.
Os palestinos exigem ainda um calendário de negociações claro e que o marco destas seja a criação de um Estado palestino nas fronteiras anteriores a 1967, questão que Israel considera que deve ser determinada nas próprias negociações.
Ambas partes tentaram no início deste ano impulsionar o processo com contatos diretos em Amã, mas as reuniões acabaram sem um compromisso para reiniciar a negociação.
A estagnação do processo de paz levou os palestinos a buscar na ONU o reconhecimento internacional como Estado independente, uma medida que Israel considerou uma tentativa de deslegitimar seu país e um ato unilateral contrário aos acordos de paz prévios.
O Conselho de Segurança da ONU, no entanto, não admitiu a Palestina como membro de pleno direito da organização e a Autoridade Nacional Palestina (ANP), por enquanto, não transferiu o caso à Assembleia Geral, que não poderia aprovar sua admissão, mas mudar seu status para o de "Estado não membro".
O Quarteto para a Paz no Oriente Médio (formado por Estados Unidos, Rússia, ONU e a União Europeia) convocou as partes em reiteradas ocasiões a retornar à mesa de diálogo e advertiu sobre as consequências negativas que o bloqueio desta via pode ter para a estabilidade regional.
Jerusalém - O ministro da Defesa de Israel , Ehud Barak, sugeriu nesta quarta-feira que Israel poderia considerar uma retirada unilateral do território ocupado palestino da Cisjordânia caso fracassem as negociações de paz, estagnadas desde 2010.
Com a grande coalizão de governo atual, liderada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e que agrupa 94 dos 120 deputados da Knesset (Parlamento israelense), "chegou a hora de liderar um processo diplomático" com os palestinos, disse Barak em uma conferência em Tel Aviv, informou o site do jornal israelense "Haaretz".
"Mas, se não for possível alcançar um acordo permanente de paz com os palestinos, devemos considerar um acordo interino ou inclusive um movimento unilateral", declarou.
O titular de Defesa israelense destacou a urgência de reativar as negociações de paz já que, se não houver avanços nesse caminho, Israel "se chocará contra um muro e pagará o preço".
Netanyahu e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, se comprometeram em setembro de 2010 com um diálogo de paz impulsionado por Washington que estagnou poucas semanas de começar pela negativa do primeiro em frear a expansão dos assentamentos judaicos em território palestino e do segundo em negociar enquanto continuem crescendo as colônias.
Os palestinos exigem ainda um calendário de negociações claro e que o marco destas seja a criação de um Estado palestino nas fronteiras anteriores a 1967, questão que Israel considera que deve ser determinada nas próprias negociações.
Ambas partes tentaram no início deste ano impulsionar o processo com contatos diretos em Amã, mas as reuniões acabaram sem um compromisso para reiniciar a negociação.
A estagnação do processo de paz levou os palestinos a buscar na ONU o reconhecimento internacional como Estado independente, uma medida que Israel considerou uma tentativa de deslegitimar seu país e um ato unilateral contrário aos acordos de paz prévios.
O Conselho de Segurança da ONU, no entanto, não admitiu a Palestina como membro de pleno direito da organização e a Autoridade Nacional Palestina (ANP), por enquanto, não transferiu o caso à Assembleia Geral, que não poderia aprovar sua admissão, mas mudar seu status para o de "Estado não membro".
O Quarteto para a Paz no Oriente Médio (formado por Estados Unidos, Rússia, ONU e a União Europeia) convocou as partes em reiteradas ocasiões a retornar à mesa de diálogo e advertiu sobre as consequências negativas que o bloqueio desta via pode ter para a estabilidade regional.