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Ministro de Interior da Alemanha renuncia por suas diferenças com Merkel

O ministro de Interior da Alemanha deixou o cargo e afirmou que os acordos do Conselho Europeu sobre imigração, assinados por Merkel, são insuficientes

Caso a CSU opte pelo confronto direto com a chanceler, a coalizão de governo pode ser quebrada e Merkel ficaria em minoria (Hannibal Hanschke/Reuters)
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EFE

Publicado em 2 de julho de 2018 às 10h16.

Berlim - Horst Seehofer anunciou neste domingo (1) em reunião de seu partido, a União Social-Cristã na Baviera (CSU, na sigla em alemão), sua intenção de renunciar ao cargo de ministro de Interior da Alemanha e também ao de presidente de sua legenda por suas diferenças com a chanceler Angela Merkel a respeito da questão migratória, segundo os veículos de imprensa alemães.

Seehofer fez essa afirmação em uma reunião em Munique com a cúpula da CSU para decidir se o acordo sobre imigração conseguido por Merkel na cúpula europeia satisfazia suas exigências ou se cumpriria sua ameaça de fechar unilateralmente as fronteiras aos imigrantes já registrados em outros países europeus.

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Na reunião da CSU, que já dura sete horas, vários membros do partido tomaram depois a palavra para dissuadi-lo de tal decisão.

Segundo veículos de imprensa alemães, Seehofer afirmou no encontro que os acordos do Conselho Europeu eram insuficientes e que seus efeitos não poderiam ser comparados com o que se conseguiria ao fechar a fronteira alemã aos imigrantes já registrados em outro país europeu, que era a sua proposta.

No entanto, Merkel considerou pouco antes, em entrevista à televisão pública "ZDF", que o acordo obtido em Bruxelas na sexta-feira tinha "efeitos equivalentes" à medida unilateral que propunha a CSU, aguçando ainda mais a disputa entre os dois líderes e seus partidos.

Não obstante, ainda resta saber qual será a posição definitiva que a CSU vai a adotar nessa questão: se vai se alinhar com o partido de Merkel ou se cumprirá sua ameaça de fechar as fronteiras.

Caso a CSU opte pelo confronto direto com a chanceler, a coalizão de governo pode ser quebrada e Merkel ficaria em minoria.

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