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Ministro de Finanças japonês devolve um ano de salário após escândalo

Taro Aso teria falsificado documentos no seu ministério, relacionado com um suposto caso de corrupção

Japão: ministro de Finanças, Taro Aso, anunciou nesta segunda-feira que devolverá um ano de salário para assumir sua responsabilidade em uma falsificação de documentos (Ben Nelms/Reuters)

Japão: ministro de Finanças, Taro Aso, anunciou nesta segunda-feira que devolverá um ano de salário para assumir sua responsabilidade em uma falsificação de documentos (Ben Nelms/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de junho de 2018 às 08h48.

Tóquio - O ministro de Finanças do Japão, Taro Aso, anunciou nesta segunda-feira que devolverá um ano de salário para assumir sua responsabilidade em uma falsificação de documentos no seu ministério relacionado com um suposto caso de corrupção vinculada ao primeiro-ministro, Shinzo Abe.

Aso, que também ostenta o cargo de vice-primeiro-ministro, disse em entrevista coletiva em Tóquio que renunciará a 12 meses da sua remuneração "pelo fato de que a credibilidade do Ministério de Finanças e, por sua vez, a do Governo foram comprometidas".

O veterano político de 77 anos, um dos nomes de mais peso no Executivo de Abe, voltou a pedir perdão pela manipulação, à qual descreveu como um ato "lamentável" e "extremamente inadequado", mas reiterou que não planeja renunciar e que liderará o ministério para evitar que se repita um caso parecido.

Os registros falsificados, revelados em março, tratavam sobre um acordo fechado em 2016 para vender, em torno de um décimo do seu valor, um terreno de propriedade estatal em Osaka para uma controversa instituição educacional que promovia ideias ultranacionalistas e com vínculos com Abe e sua esposa, Akie.

A mulher do primeiro-ministro japonês ia ser nomeada diretora honorária da creche que ia ser construída no terreno, e o seu nome e apoio explícito ao projeto foram eliminados dos documentos originais após o caso ser revelado em fevereiro de 2017.

Os documentos foram apresentados no Parlamento como prova para desvincular a Governo da trama, o que despertou suspeitas de encobrimento, algo que Abe e Aso negaram.

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