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Ministro alemão pede que EUA mantenham acordo com Irã

Ele advertiu que, se os EUA decidirem cancelar o acordo com o Irã e imporem sanções, haverá consequências

Donald Trump, presidente dos EUA: "Ninguém, nenhum ditador, nenhum regime deveria subestimar a determinação dos Estados Unidos" (Drew Angerer/Getty Images)

Donald Trump, presidente dos EUA: "Ninguém, nenhum ditador, nenhum regime deveria subestimar a determinação dos Estados Unidos" (Drew Angerer/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de outubro de 2017 às 09h53.

O ministro alemão das Relações Exteriores, Sigmar Gabriel, exortou os EUA para que mantenham o acordo nuclear com o Irã e não imponham sanções contra Teerã. "Eu acredito que é um sinal difícil e perigoso que o presidente americano enviou ontem", disse Gabriel à rádio Deutschlandfunk neste sábado.

"Minha maior preocupação é que o que está acontecendo no Irã agora, ou com o Irã do ponto de vista dos EUA, não será simplesmente uma questão iraniana, mas muitos outros no mundo irão considerar se eles devem se equipar com armas nucleares, dado que tais acordos estão sendo destruídos", afirmou. "Nossos filhos e netos crescerão em um mundo muito perigoso".

Para o ministro alemão, o papel do Irã na região, do Iêmen ao Líbano, permanece "altamente problemática e inaceitável", mas esses problemas devem ser tratados separadamente.

Ele advertiu que, se os EUA decidirem cancelar o acordo com o Irã e imporem sanções, haveria consequências no Irã. "Aqueles que sempre estiveram contra as negociações com o Ocidente, que sempre consideraram um erro fazer acordos conosco, ganharão o controle", disse Gabriel. "E então pode haver uma recaída lá para desenvolver armas nucleares, o que Israel não tolerará, e então estaremos de volta onde estávamos 10, 12 anos atrás: com o perigo de guerra em uma relativa proximidade com a Europa."

Fonte: Dow Jones Newswires

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