Ministra japonesa renuncia por uso ilegal de fundos
A nova ministra da Economia do Japão renunciou devido suposto uso ilegal de fundos por parte de sua organização política
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2014 às 11h51.
Tóquio - A nova ministra da Economia do Japão , Yuko Obuchi, apresentou nesta segunda-feira (data local) sua renúncia devido ao suposto uso ilegal de fundos por parte de sua organização política, e ela foi aceita pelo primeiro-ministro, Shinzo Abe , segundo informaram fontes do Governo.
Obuchi, que assumiu a pasta de Economia, Comércio e Indústria no começo de setembro, foi a nomeação mais destacado na primeira remodelação do Gabinete de Governo realizada por Abe desde que chegou ao poder em dezembro de 2012, e aconteceu em um momento de desgaste na popularidade do primeiro-ministro.
Na semana passada, a imprensa japonesa revelou a contabilidade de uma organização política vinculada a Obuchi, mostrando o suposto uso ilegal de fundos para financiar a presença em peças de teatro de seus partidários, assim como para cobrir as despesas pessoais da ministra.
Obuchi já falou com Abe sobre sua intenção de renunciar no sábado passado, quando as críticas contra si da oposição e da imprensa se intensificaram, embora somente agora foi apresentada formalmente sua renúncia, assinalou um porta-voz do governo à agência "Kyodo".
O uso irregular de fundos estatais atribuídos a sua organização política aconteceu entre 2010 e 2011, quando Obuchi era parlamentar, e chegaria a 26,4 milhões de ienes.
Se for confirmado que os fundos políticos foram usados com tal fim, se trataria de um descumprimento da legislação, que proíbe expressamente os presentes ou convites a eleitores de um distrito eleitoral.
A oposição também denunciou outras supostas despesas ilícitas, entre elas uma viagem da própria ministra em 2012 que não aparece nas contas de sua organização ou a compra de produtos para bebê e de roupa para uma empresa vinculada à família de Obuchi, no valor de 3,6 milhões de ienes.
Ao ser perguntada a respeito em um pronunciamento no Parlamento na sexta-feira passada a ministra se mostrou disposta a assumir sua responsabilidade ao afirmar que "o desconhecimento (do desvio de fundos) não serve como desculpa".
Sua saída do governo por um escândalo desta magnitude é um duro golpe para Abe, que apostou na renovação de sua equipe e dar mais protagonismo político às mulheres, para o que nomeou cinco novas ministras na última remodelação do dia 3 de setembro, embora a maioria delas em pastas de menos importância.
Yuko Obuchi, filha do antigo primeiro-ministro Keizo Obuchi, se tornou com 40 anos a mais jovem do Governo e o rosto mais representativo da estratégia "womenomics" do primeiro-ministro conservador.
Além de enfrentar os desafios econômicos do Japão, o Ministério que Obuchi liderava é responsável pelo delicado processo de reativar alguns de seus 48 reatores atômicos, mantidos desligados por causa da crise nuclear da central Fukushima Daiichi provocada pelo terremoto e o tsunami de março de 2011.
Obuchi poderia não ser a única nova ministra a abandonar seu cargo, já que também pesam acusações de uso ilegal de fundos sobre a nova ministra da Justiça, Midori Matsushima.
A principal força da oposição, o Partido Democrático (PD), apresentou uma denúncia contra Matsushima por distribuir panfletos durante a campanha eleitoral, supostamente financiados com fundos estatais entre 2012 e 2014.
Tóquio - A nova ministra da Economia do Japão , Yuko Obuchi, apresentou nesta segunda-feira (data local) sua renúncia devido ao suposto uso ilegal de fundos por parte de sua organização política, e ela foi aceita pelo primeiro-ministro, Shinzo Abe , segundo informaram fontes do Governo.
Obuchi, que assumiu a pasta de Economia, Comércio e Indústria no começo de setembro, foi a nomeação mais destacado na primeira remodelação do Gabinete de Governo realizada por Abe desde que chegou ao poder em dezembro de 2012, e aconteceu em um momento de desgaste na popularidade do primeiro-ministro.
Na semana passada, a imprensa japonesa revelou a contabilidade de uma organização política vinculada a Obuchi, mostrando o suposto uso ilegal de fundos para financiar a presença em peças de teatro de seus partidários, assim como para cobrir as despesas pessoais da ministra.
Obuchi já falou com Abe sobre sua intenção de renunciar no sábado passado, quando as críticas contra si da oposição e da imprensa se intensificaram, embora somente agora foi apresentada formalmente sua renúncia, assinalou um porta-voz do governo à agência "Kyodo".
O uso irregular de fundos estatais atribuídos a sua organização política aconteceu entre 2010 e 2011, quando Obuchi era parlamentar, e chegaria a 26,4 milhões de ienes.
Se for confirmado que os fundos políticos foram usados com tal fim, se trataria de um descumprimento da legislação, que proíbe expressamente os presentes ou convites a eleitores de um distrito eleitoral.
A oposição também denunciou outras supostas despesas ilícitas, entre elas uma viagem da própria ministra em 2012 que não aparece nas contas de sua organização ou a compra de produtos para bebê e de roupa para uma empresa vinculada à família de Obuchi, no valor de 3,6 milhões de ienes.
Ao ser perguntada a respeito em um pronunciamento no Parlamento na sexta-feira passada a ministra se mostrou disposta a assumir sua responsabilidade ao afirmar que "o desconhecimento (do desvio de fundos) não serve como desculpa".
Sua saída do governo por um escândalo desta magnitude é um duro golpe para Abe, que apostou na renovação de sua equipe e dar mais protagonismo político às mulheres, para o que nomeou cinco novas ministras na última remodelação do dia 3 de setembro, embora a maioria delas em pastas de menos importância.
Yuko Obuchi, filha do antigo primeiro-ministro Keizo Obuchi, se tornou com 40 anos a mais jovem do Governo e o rosto mais representativo da estratégia "womenomics" do primeiro-ministro conservador.
Além de enfrentar os desafios econômicos do Japão, o Ministério que Obuchi liderava é responsável pelo delicado processo de reativar alguns de seus 48 reatores atômicos, mantidos desligados por causa da crise nuclear da central Fukushima Daiichi provocada pelo terremoto e o tsunami de março de 2011.
Obuchi poderia não ser a única nova ministra a abandonar seu cargo, já que também pesam acusações de uso ilegal de fundos sobre a nova ministra da Justiça, Midori Matsushima.
A principal força da oposição, o Partido Democrático (PD), apresentou uma denúncia contra Matsushima por distribuir panfletos durante a campanha eleitoral, supostamente financiados com fundos estatais entre 2012 e 2014.