Soldados da Ucrânia na região de Donetsk (AFP/AFP Photo)
AFP
Publicado em 22 de janeiro de 2023 às 13h59.
O Ministério ucraniano da Defesa da Ucrânia negou, neste domingo, 22, ter assinado contratos superfaturados para produtos alimentícios para soldados, rejeitando as acusações de corrupção, em um país onde a malversação de recursos públicos é uma prática disseminada.
A Defesa se pronunciou depois que os jornais locais publicaram um relatório, acusando o ministério de ter acertado um preço de duas a três vezes mais alto do que as tarifas em vigor para os alimentos básicos do pessoal que combate a invasão russa.
Assinado para 2023, o contrato em questão chega a 13 bilhões de hryvnas, correspondente a cerca de US$ 350 milhões no câmbio atual, segundo o portal de notícias ZN.UA.
"O ministério compra os produtos pertinentes por meio do procedimento estabelecido por lei", respondeu o Ministério da Defesa, que classificou como "falsas" as informações da imprensa.
"Estas foram divulgadas com a intenção de manipular, de forma deliberada", criticou o ministério, que disse estar preparando os papéis para abrir uma investigação sobre a "difusão" de informações "enganosas" que prejudicam os interesses da Defesa.
O ministério anunciou, ainda, que lançará uma "auditoria interna" e que, na segunda-feira, 23, haverá uma reunião de emergência liderada pelo ministro da pasta, Oleksii Reznikov, para esclarecer "o procedimento e as circunstâncias da compra de produtos alimentícios para o pessoal militar em 2023".