Afeganistão diz que líder do Talibã no Paquistão foi morto
Líder é apontado por tentativa de assassinato de Malala Yousafzai, vencedora em 2014 do Prêmio Nobel da Paz, e do massacre de 132 estudantes no Paquistão
EFE
Publicado em 15 de junho de 2018 às 09h49.
Última atualização em 15 de junho de 2018 às 11h57.
Cabul- O Ministério da Defesa do Afeganistão confirmou nesta sexta-feira a morte do líder dos talibãs paquistaneses , o mulá Fazlullah, em um bombardeio americano, ontem, na província de Kunar, no leste do Afeganistão , perto da fronteira com o Paquistão.
Fazlullah "morreu na quinta-feira, às 9h (hora local), em um bombardeio das forças americanas realizado na região conhecida como Linha Durand (fronteira afegão-paquistanês), no distrito de Marawar, em Kunar", afirmou à Agência Efe, o porta-voz do Ministério da Defesa, Muhammad Radmanesh.
"Ele foi atingido quando estava viajando em um veículo e morreu", afirmou Radmanesh.
Fazlullah, que é apontado pela tentativa de assassinato da jovem Malala Yousafzai, vencedora em 2014 do Prêmio Nobel da Paz, e do massacre de 132 estudantes em uma escola do Paquistão, liderava o Tehrik-i-Taliban Paquistão (TTP) desde 2013.
Segundo o porta-voz do ministério, a investigação prossegue para confirmar se no bombardeio americano, que contou com a colaboração do Exército afegão, houve mais mortes.
Um porta-voz das tropas americanas enviadas para o Afeganistão, Martin O'Donnell, confirmou à Efe que os Estados Unidos realizaram um bombardeio contra um "importante líder de uma organização terrorista" na "província de Kunar, perto da fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão".
No entanto, não confirmou a morte do líder insurgente, nem sua identidade Esta não é a primeira vez que Fazlullah, que substituiu ao mulá Hakimullah Mehsud em 2013, é dado como morto.
No mês de março, o governo americano ofereceu uma recompensa de US$ 5 milhões por informações que levasse à captura de Fazlullah, acusado dos ataques contra Malala e o colégio paquistanês, além da tentativa de detonar uma bomba na Times Square (Nova YorK), em maio de 2010.