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Milícias xiitas iraquianas vão a Ramadi para lutar contra EI

A perda da cidade, 100 km ao oeste de Bagdá, é a maior derrota militar do exército iraquiano desde o início da ofensiva

Integrante da força de combate ao terrorismo do ministério do Interior do Iraque perto da base militar de Habaniyah (Ahmad al-Rubaye/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2015 às 08h36.

Bagdá - As milícias xiitas seguiam nesta segunda-feira para Ramadi com o objetivo de ajudar as forças iraquianas a retomar a cidade estratégica, que o grupo jihadista Estado Islâmico ( EI ) conseguiu controlar no fim de semana.

A perda da cidade, 100 km ao oeste de Bagdá, é a maior derrota militar do exército iraquiano desde o início da ofensiva, no começo do ano, para impedir o avanço dos jihadistas.

O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, o governo dos Estados Unidos e as autoridades religiosas sunitas da província de Al-Anbar, onde se fica Ramadi, expressam dúvidas sobre a presença na região de grupos apoiados pelo Irã.

Justamente nesta segunda-feira, o ministro da Defesa iraniano, Hosein Dehghan, desembarcou em Bagdá para uma reunião com o colega iraquiano, uma visita que já estava prevista.

Até o momento, Bagdá e Washington optaram por favorecer o desenvolvimento de forças locais, mas os líderes das milícias afirmaram nesta segunda-feira que ficou claro nos últimos dias que o governo não pode prescindir das Unidades Populares de Mobilização, que reúnem milícias e voluntários.

Hadi al-Ameri, comandante da poderosa milícia xiita Badr, disse que as autoridades de Al-Anbar deveriam ter aceitado sua oferta antes.

Ameri afirmou que considera as autoridades "responsáveis pela queda de Ramadi porque foram contrárias à participação" das Unidades Populares de Mobilização.

Um porta-voz do Ketab Hezbollah, um importante grupo paramilitar xiita, afirmou que a organização já tem unidades preparadas para viajar até Ramadi, a partir de três localidades.

O EI anunciou que assumiu o controle total da cidade iraquiana de Ramadi, em um comunicado divulgado em fóruns na internet.

O grupo utilizou vários carros-bomba para entrar em bairros controlados pelo governo na quinta-feira e sexta-feira.

A bandeira do gripo foi hasteada no centro de operações da província de Al-Anbar e milhares de pessoas fugiram da cidade.

De acordo com as autoridades locais, quase 500 pessoas morreram nos três dias de cerco.

Apesar do Pentágono ter anunciado no domingo que a situação em Ramadi "permanece disputada e que é muito cedo para fazer declarações definitivas", militares iraquianos confirmaram que as bases foram abandonadas.

A tensão entre Teerã e Washington, principais aliados de Bagdá na luta contra o EI, já havia sido constatada no mês passado, na operação em que o governo conseguiu recuperar Tikrit.

Agora, a queda de Ramadi e a expansão do EI na província de Al-Anbar parecem uma crescente ameaça para Kerbala, cidade sagrada para os xiitas e berço do cisma entre as duas correntes do islã.

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Bagdá - As milícias xiitas seguiam nesta segunda-feira para Ramadi com o objetivo de ajudar as forças iraquianas a retomar a cidade estratégica, que o grupo jihadista Estado Islâmico ( EI ) conseguiu controlar no fim de semana.

A perda da cidade, 100 km ao oeste de Bagdá, é a maior derrota militar do exército iraquiano desde o início da ofensiva, no começo do ano, para impedir o avanço dos jihadistas.

O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, o governo dos Estados Unidos e as autoridades religiosas sunitas da província de Al-Anbar, onde se fica Ramadi, expressam dúvidas sobre a presença na região de grupos apoiados pelo Irã.

Justamente nesta segunda-feira, o ministro da Defesa iraniano, Hosein Dehghan, desembarcou em Bagdá para uma reunião com o colega iraquiano, uma visita que já estava prevista.

Até o momento, Bagdá e Washington optaram por favorecer o desenvolvimento de forças locais, mas os líderes das milícias afirmaram nesta segunda-feira que ficou claro nos últimos dias que o governo não pode prescindir das Unidades Populares de Mobilização, que reúnem milícias e voluntários.

Hadi al-Ameri, comandante da poderosa milícia xiita Badr, disse que as autoridades de Al-Anbar deveriam ter aceitado sua oferta antes.

Ameri afirmou que considera as autoridades "responsáveis pela queda de Ramadi porque foram contrárias à participação" das Unidades Populares de Mobilização.

Um porta-voz do Ketab Hezbollah, um importante grupo paramilitar xiita, afirmou que a organização já tem unidades preparadas para viajar até Ramadi, a partir de três localidades.

O EI anunciou que assumiu o controle total da cidade iraquiana de Ramadi, em um comunicado divulgado em fóruns na internet.

O grupo utilizou vários carros-bomba para entrar em bairros controlados pelo governo na quinta-feira e sexta-feira.

A bandeira do gripo foi hasteada no centro de operações da província de Al-Anbar e milhares de pessoas fugiram da cidade.

De acordo com as autoridades locais, quase 500 pessoas morreram nos três dias de cerco.

Apesar do Pentágono ter anunciado no domingo que a situação em Ramadi "permanece disputada e que é muito cedo para fazer declarações definitivas", militares iraquianos confirmaram que as bases foram abandonadas.

A tensão entre Teerã e Washington, principais aliados de Bagdá na luta contra o EI, já havia sido constatada no mês passado, na operação em que o governo conseguiu recuperar Tikrit.

Agora, a queda de Ramadi e a expansão do EI na província de Al-Anbar parecem uma crescente ameaça para Kerbala, cidade sagrada para os xiitas e berço do cisma entre as duas correntes do islã.

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