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Milhares são retirados do metrô de Moscou após incêndio

Sete passageiros foram hospitalizados por intoxicação

Estação de Park Kultury do metrô de Moscou em 15 de novembro de 2012: um cabo pegou fogo no túnel (Kirill Kudriavtsev/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2013 às 11h15.

Moscou - Quase 4.500 passageiros do metrô de Moscou foram retirados e 17 foram hospitalizados nesta quarta-feira, depois de um incêndio que, segundo testemunhas, foi uma experiência "infernal".

Segundo pessoas que estavam na estação Okhotny Riad, perto do Kremlin, o acidente aparentemente ocorreu devido a um curto-circuito em um cabo, às 08H30 do horário local (04H30 GMT).

"O incêndio foi controlado às 09H04. Quase 4.500 pessoas foram retiradas do local", informou à AFP o porta-voz do ministério russo de Situações de Emergência, Viktor Biriukov.

"Um cabo pegou fogo" no túnel, informou Biriukov, alertando que "ainda é cedo para definir as causas do incêndio".

Mais de 40 pessoas receberam atendimento médico e 17 foram hospitalizadas por intoxicação por monóxido de carbono.

Trezentos bombeiros foram mobilizados para combater o incêndio. Cinco caminhões de bombeiros e várias ambulâncias ainda cercavam a estação perto do teatro Bolshoi, duas horas depois do acidente.

Um vídeo gravado por uma testemunha, Alexei Surkov, disponível no site do jornal russo Moskovski Komsomolets ( http://tv.mk.ru/video/4838-pozhar-v-metro-video-ochevidtsa.html ), mostra passageiros no interior de um vagão cobrindo o rosto com panos, enquanto se ouve o choro de uma criança.

Duas testemunhas, Dmitri Yuchmanov e Vasili Topkin, presos em um vagão no momento do incêndio, contaram à rádio Eco de Moscou que os próprios funcionários do metrô pareciam não entender o que ocorria, o que gerou pânico entre os passageiros e empurrões em outras estações da mesma linha.


O acidente também teve repercussão na rede social Twitter.

"O condutor tinha senso se humor. Depois de 30 minutos parados, ele disse: 'Não se preocupem, vamos sair rapidamente... na melhor das hipóteses'", escreve @Lancaster Irina em sua página.

"Empurrões em várias linhas. Lutei para escapar dessa armadilha", escreveu, por sua vez, @syrzhik.

"Os trens já não funcionam e cheiram muito mal. É horroroso", compartilhou @karina.

"O que acontece agora demonstra que o metrô funciona no limite de suas capacidades. Uma pequena falha e o inferno se expande a todas as partes", opina @batsueva.

Esta situação teve consequências nos outros transportes públicos do centro da capital, já que os ônibus e os outros meios de condução ficaram cheios. Milhares de pessoas precisaram caminhar por grandes avenidas para chegar ao trabalho.

"A fumaça subterrânea parou Moscou", diz a manchete do site de notícias gazeta.ru.

O metrô de Moscou já foi alvo de um duplo atentado em 2010, que causou a morte de 40 pessoas.

Inaugurado em 1935 no governo Stálin, o metrô de Moscou - que tem algumas estações consideradas verdadeiras obras arquitetônicas - tem, segundo seus administradores, um dos maiores fluxos de passageiros do mundo, com uma média de mais de sete milhões de passageiros nos dias úteis.

*Matéria atualizada às 11h15

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Moscou - Quase 4.500 passageiros do metrô de Moscou foram retirados e 17 foram hospitalizados nesta quarta-feira, depois de um incêndio que, segundo testemunhas, foi uma experiência "infernal".

Segundo pessoas que estavam na estação Okhotny Riad, perto do Kremlin, o acidente aparentemente ocorreu devido a um curto-circuito em um cabo, às 08H30 do horário local (04H30 GMT).

"O incêndio foi controlado às 09H04. Quase 4.500 pessoas foram retiradas do local", informou à AFP o porta-voz do ministério russo de Situações de Emergência, Viktor Biriukov.

"Um cabo pegou fogo" no túnel, informou Biriukov, alertando que "ainda é cedo para definir as causas do incêndio".

Mais de 40 pessoas receberam atendimento médico e 17 foram hospitalizadas por intoxicação por monóxido de carbono.

Trezentos bombeiros foram mobilizados para combater o incêndio. Cinco caminhões de bombeiros e várias ambulâncias ainda cercavam a estação perto do teatro Bolshoi, duas horas depois do acidente.

Um vídeo gravado por uma testemunha, Alexei Surkov, disponível no site do jornal russo Moskovski Komsomolets ( http://tv.mk.ru/video/4838-pozhar-v-metro-video-ochevidtsa.html ), mostra passageiros no interior de um vagão cobrindo o rosto com panos, enquanto se ouve o choro de uma criança.

Duas testemunhas, Dmitri Yuchmanov e Vasili Topkin, presos em um vagão no momento do incêndio, contaram à rádio Eco de Moscou que os próprios funcionários do metrô pareciam não entender o que ocorria, o que gerou pânico entre os passageiros e empurrões em outras estações da mesma linha.


O acidente também teve repercussão na rede social Twitter.

"O condutor tinha senso se humor. Depois de 30 minutos parados, ele disse: 'Não se preocupem, vamos sair rapidamente... na melhor das hipóteses'", escreve @Lancaster Irina em sua página.

"Empurrões em várias linhas. Lutei para escapar dessa armadilha", escreveu, por sua vez, @syrzhik.

"Os trens já não funcionam e cheiram muito mal. É horroroso", compartilhou @karina.

"O que acontece agora demonstra que o metrô funciona no limite de suas capacidades. Uma pequena falha e o inferno se expande a todas as partes", opina @batsueva.

Esta situação teve consequências nos outros transportes públicos do centro da capital, já que os ônibus e os outros meios de condução ficaram cheios. Milhares de pessoas precisaram caminhar por grandes avenidas para chegar ao trabalho.

"A fumaça subterrânea parou Moscou", diz a manchete do site de notícias gazeta.ru.

O metrô de Moscou já foi alvo de um duplo atentado em 2010, que causou a morte de 40 pessoas.

Inaugurado em 1935 no governo Stálin, o metrô de Moscou - que tem algumas estações consideradas verdadeiras obras arquitetônicas - tem, segundo seus administradores, um dos maiores fluxos de passageiros do mundo, com uma média de mais de sete milhões de passageiros nos dias úteis.

*Matéria atualizada às 11h15

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