Milhares de japoneses protestam contra energia nuclear
Esta manifestação, que reúne cerca de 10.000 pessoas, é a mais recente de uma série de protestos para exigir que o país abandone a energia nuclear
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2012 às 14h22.
Tóquio - Milhares de japoneses formaram uma corrente humana ao redor do Parlamento, neste domingo em Tóquio, contra a política nuclear do governo.
Com alguns usando máscaras anti-gás e roupas de proteção, como se fossem trabalhadores que descontaminam a central acidentada, os manifestantes cercaram o prédio da assembleia em Tóquio no início da noite, em uma nova manifestação do descontentamento popular após a recente decisão de reativar reatores nucleares.
Esta manifestação, que reúne cerca de 10.000 pessoas, segundo estimativas dos jornalistas da AFP, é a mais recente de uma série de protestos para exigir que o país abandone a energia nuclear, com uma população ainda traumatizada pela catástrofe da central de Fukushima, em março de 2011.
"Depois do desastre de Fukushima, estou firmemente convencido de que é arrogante acreditar que podemos controlar a energia nuclear com nossa tecnologia", declarou à AFP Hiroshi Sakurai, um pintor de 65 anos.
Durante toda a marcha, que avançou lentamente para o Parlamento, era possível ler nos cartazes: "Devolvam Fukushima!", "Parem com a energia nuclear!", "Protejam nossos filhos!".
"O acidente provou que não se pode controlar a energia nuclear. Além disso, não se sabe como descartar os resíduos, não funciona apertar a descarga da privada. Tudo o que se refere à energia nuclear é sempre antidemocrático", protesta Naoki Fujita, um arquiteto de 50 anos.
O movimento contra a energia nuclear ganhou força depois da decisão do governo de reativar dois reatores nucleares de um total de 50 no país, anunciada em junho pelo primeiro-ministro Yoshihiko Noda.
Noda justificou a decisão com o risco de cortes de energia elétrica no país, no qual um terço da energia consumida procedia até então do setor nuclear.
Há meses os manifestantes se reúnem em frente ao gabinete do primeiro-ministro. Há dez dias, entre 75.000 e 170.000 protestaram em um grande parque da capital.
Na semana passada, até o ex-primeiro-ministro Yukio Hatoyama aderiu à manifestação.
Este novo protesto acontece poucos dias depois da divulgação de um relatório polêmico oficial que questiona seriamente o governo e a empresa Tepco, proprietária da central acidentada em Fukushima.
"O problema principal vem do fato de que as empresas de energia, entre elas a Tepco, e o governo não tinham noção do perigo, acreditando no mito da segurança nuclear de nosso país", ressaltaram os membros da comissão de investigação.
Sinal de que a mobilização contra a energia nuclear não perde força, no sábado foi lançado um novo movimento político, o Greens Japan (Japão Verdes), que pretende se apresentar nas próximas eleições legislativas.
Tóquio - Milhares de japoneses formaram uma corrente humana ao redor do Parlamento, neste domingo em Tóquio, contra a política nuclear do governo.
Com alguns usando máscaras anti-gás e roupas de proteção, como se fossem trabalhadores que descontaminam a central acidentada, os manifestantes cercaram o prédio da assembleia em Tóquio no início da noite, em uma nova manifestação do descontentamento popular após a recente decisão de reativar reatores nucleares.
Esta manifestação, que reúne cerca de 10.000 pessoas, segundo estimativas dos jornalistas da AFP, é a mais recente de uma série de protestos para exigir que o país abandone a energia nuclear, com uma população ainda traumatizada pela catástrofe da central de Fukushima, em março de 2011.
"Depois do desastre de Fukushima, estou firmemente convencido de que é arrogante acreditar que podemos controlar a energia nuclear com nossa tecnologia", declarou à AFP Hiroshi Sakurai, um pintor de 65 anos.
Durante toda a marcha, que avançou lentamente para o Parlamento, era possível ler nos cartazes: "Devolvam Fukushima!", "Parem com a energia nuclear!", "Protejam nossos filhos!".
"O acidente provou que não se pode controlar a energia nuclear. Além disso, não se sabe como descartar os resíduos, não funciona apertar a descarga da privada. Tudo o que se refere à energia nuclear é sempre antidemocrático", protesta Naoki Fujita, um arquiteto de 50 anos.
O movimento contra a energia nuclear ganhou força depois da decisão do governo de reativar dois reatores nucleares de um total de 50 no país, anunciada em junho pelo primeiro-ministro Yoshihiko Noda.
Noda justificou a decisão com o risco de cortes de energia elétrica no país, no qual um terço da energia consumida procedia até então do setor nuclear.
Há meses os manifestantes se reúnem em frente ao gabinete do primeiro-ministro. Há dez dias, entre 75.000 e 170.000 protestaram em um grande parque da capital.
Na semana passada, até o ex-primeiro-ministro Yukio Hatoyama aderiu à manifestação.
Este novo protesto acontece poucos dias depois da divulgação de um relatório polêmico oficial que questiona seriamente o governo e a empresa Tepco, proprietária da central acidentada em Fukushima.
"O problema principal vem do fato de que as empresas de energia, entre elas a Tepco, e o governo não tinham noção do perigo, acreditando no mito da segurança nuclear de nosso país", ressaltaram os membros da comissão de investigação.
Sinal de que a mobilização contra a energia nuclear não perde força, no sábado foi lançado um novo movimento político, o Greens Japan (Japão Verdes), que pretende se apresentar nas próximas eleições legislativas.