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Mike Pence usou e-mail pessoal enquanto governador, diz jornal

Nos e-mails, o vice-presidente dos EUA tratava de assuntos que iam desde a segurança na residência do governador até ataques terroristas

Mike Pence: durante a campanha, Pence foi bastante crítico sobre o fato de Hillary Clinton ter utilizado sua conta de e-mail pessoal enquanto era secretária de Estado (Eric Vidal/Reuters)
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EFE

Publicado em 3 de março de 2017 às 08h40.

Washington - O vice-presidente dos Estados Unidos , Mike Pence, utilizou com frequência sua conta pessoal de e-mail para tratar assuntos sensíveis e de segurança nacional relacionados com seu cargo como governador de Indiana, informou o jornal local "The Indianapolis Star".

O jornal teve acesso a 29 páginas dos e-mails enviados por Pence a partir de sua conta pessoal, onde se comunicava com os principais assessores sobre assuntos que iam desde a segurança na residência do governador até ataques terroristas.

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Em um dos e-mails, Pence compartilhou uma informação do FBI sobre prisões de várias pessoas acusadas de terrorismo.

Apesar entregar de essas 29 páginas, o escritório do governador não forneceu um número indeterminado dos e-mails por considerar as informações confidenciais ou sensíveis demais para divulgar entre o público.

A conta de Pence foi vítima de um ataque cibernético em 2016, segundo o jornal.

Durante a campanha presidencial, Pence foi bastante crítico com a candidata democrata, Hillary Clinton, por ela ter utilizado sua conta de e-mail pessoal enquanto era secretária de Estado, entre os anos de 2009 e 2013.

Esse escândalo perseguiu sua candidatura, já que foi protagonista de uma profunda apuração por parte do FBI, que considerou que Hillary agiu de forma imprudente, apesar de não identificar indícios de crime.

Embora não se tenha comprovado, críticos de Hillary acusaram a democrata de deixar exposta com seu uso negligente do e-mail algumas informações que caíram em mãos equivocadas e facilitaram ataques como o do consulado dos EUA em Benghazi (Líbia), em 2012, onde quatro pessoas, entre elas o embaixador, foram assassinadas.

Após a publicação nesta quinta-feira da informação pelo jornal "The Indianapolis Star", o escritório em Washington de Pence defendeu que o vice-presidente "cumpriu com a lei de Indiana sobre o uso do e-mail" e que os e-mails enviados da sua conta pessoal ficaram registrados nos arquivos públicos, por isso não foi uma conduta irregular.

Além disso, o porta-voz Marc Lotter, disse que qualquer comparação com Hillary Clinton é "absurda", já que nada do que tratou Pence em seus e-mails como governador era classificada de informação federal.

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