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Michelle Obama inicia campanha eleitoral com livro

''Este livro é uma maneira de falar sobre nossa história (na Casa Branca), mas também dos desafios que temos como nação em torno da saúde'', explicou

Michelle Obama parece romper com a imagem da advogada hesitante em se mudar de Chicago (Getty Images)

Michelle Obama parece romper com a imagem da advogada hesitante em se mudar de Chicago (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2013 às 12h18.

Washington - A primeira-dama americana, Michelle Obama, iniciou nesta terça-feira sua campanha para a reeleição do presidente, Barack Obama: lançou um livro sobre a horta da Casa Branca, concedeu entrevistas e revelou detalhes da vida privada dos moradores da residência presidencial.

Segundo a esposa do presidente, os conselhos sobre como atuar chegam de todas as partes, mas ela confia em sua própria ''personalidade, valores e visão do país'' para encarar a campanha presidencial, segundo disse ao jornal ''USA Today''.

Michelle Obama reiterou sua imagem de mulher alheia às estratégias do partido, mãe de família, comprometida com a luta contra a obesidade infantil e que se mantém em um terceiro plano nas decisões tomadas na Ala Oeste da Casa Branca.

A primeira-dama entrou assim em campanha, confiando neste perfil que consolidou durante o mandato democrata e que lhe deu uns níveis de popularidade maiores que os do próprio presidente, segundo as últimas enquetes.

Uma Michelle Obama sorridente e carregando uma cesta cheia de verduras colhidas na horta da Casa Branca abre o livro de 271 páginas, que combina os segredos de seu projeto contra a obesidade infantil, com receitas saudáveis, fotografias do projeto agrícola na residência presidencial e lembranças da família.

''Este livro é uma maneira de falar sobre nossa história (na Casa Branca), mas também dos desafios que temos como nação em torno da saúde'', explicou hoje em um programa matinal da emissora ''ABC''.

O livro, ''American Grown: The Story of the White House Kitchen Garden and Gardens Across America'', custa 30 dólares e a renda será revertida para uma instituição de caridade que trabalha para preservar os parques nacionais do país.


Sua aposta pela caridade e por publicar um livro em campanha eleitoral não é nova no país. Hillary Clinton publicou um projeto sobre a importância das comunidades na educação das crianças, e Laura Bush colaborou em um livro de sua filha.

A seis meses da eleição, Michelle Obama parece romper com a imagem da advogada hesitante em se mudar de Chicago, sua cidade natal, para o número 1600 da avenida Pensilvânia de Washington.

A primeira-dama diz ter mudado sua opinião sobre o novo lar: ''O que aprendemos com esta mudança (de cidade) é que sempre somos uma família quando estamos juntos, e isso no final é o que realmente importa''.

Sobre Chicago, Michele disse que o não sente falta do rigoroso inverno do norte dos EUA, mas tem saudades de caminhar à margem do Lago Michigan e sair para restaurantes.

Foi por isso, que revelou ter comido muito, especialmente pizza de massa grossa, em sua recente visita a Chicago durante a Cúpula da Otan. ''Quis fazer tudo em um dia e não me caiu muito bem'', admitiu.

Os detalhes da vida diária voltaram a ser assunto nas entrevistas com a primeira-dama: sua preocupação para que suas filhas façam todos os deveres, uma praga de besouros nos pepinos da horta presidencial e o ritual da família ao jantar, por exemplo.

O jantar dos Obama começa às seis e meia da noite. Eles brindam antes de começar e suas duas filhas se contam as realizações do dia. ''Antes de chegar à Casa Branca, não tínhamos tempo para os jantares em família'', comentou Michelle.

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