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Merkel vence eleição e está perto de maioria absoluta

O segundo maior partido alemão, o centro-esquerdista Social-Democrata (SPD), sofreu o seu segundo pior resultado desde a Segunda Guerra Mundial

Merkel: apesar da vitória retumbante, o terceiro mandato de Merkel não será fácil se ela acabar governando sozinha. (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2013 às 16h30.

Berlim - A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel , obteve uma grande vitória pessoal na eleição deste domingo, se aproximando da primeira maioria absoluta no Parlamento em meio século, um sinal de apoio à sua firme liderança na crise do euro.

Os resultados parciais colocam seu bloco conservador, formado pela União Democrata Cristã (CDU) e a União Social Cristã Bávara (CSU), com 42,5 por cento dos votos, o que, se confirmado, seria o seu resultado mais forte desde 1990, ano da unificação alemã.

O resultado poderia dar a Merkel uma vantagem de alguns assentos sobre a oposição conjunta na Câmara Baixa do Parlamento pela primeira vez desde que o conservador primeiro-ministro, Conrad Adenauer, conseguiu essa façanha em 1957. Mas ela ainda pode precisar de um parceiro de coalizão para seu terceiro mandato quando a apuração terminar.

"Este é um super resultado", disse Merkel a partidários. "Faremos tudo o que pudermos nos próximos quatro anos juntos para torná-los anos de sucesso para a Alemanha." Houve uma amarga decepção para seu aliado Partido Democrático Liberal (FDP), que parecia ter de deixar o Bundestag, sua primeira ausência da Câmara no pós-guerra.

O segundo maior partido alemão, o centro-esquerdista Social-Democrata (SPD), sofreu o seu segundo pior resultado desde a Segunda Guerra Mundial, atingindo apenas 26,4 por cento, depois de uma campanha cheia de gafes liderada pelo ex-ministro das Finanças Peer Steinbrueck.

Um novo partido eurocéptico, o Alternativa para a Alemanha (AfD), ainda pode roubar a maioria parlamentar de Merkel se ultrapassar o limite de 5 por cento necessário para entrar no Congresso. O AfD beirava 4,9 por cento, segundo projeções.

O radical Partido da Esquerda deve se confirmar como a terceira maior força, com cerca de 8,4 por cento, à frente dos Verdes, com 8 por cento.

Apesar da vitória retumbante, o terceiro mandato de Merkel não será fácil se ela acabar governando sozinha.

Alguns analistas temem que ela poderia ter problemas para aprovar leis em ambas as casas do Parlamento. A Câmara Alta é dominada por partidos de esquerda, como o SPD e os Verdes.


"Se Merkel não acabar com a maioria absoluta, será uma maioria muito estreita, então isso não tornará as coisas fáceis para ela politicamente", disse um analista político da Universidade Livre de Berlim, Carsten Koschmieder.

"Ela vai ter que prestar muito mais atenção às pessoas em seu próprio partido, por exemplo aqueles que votaram contra os resgates gregos." A incerteza sobre o resultado final significa que Merkel ainda pode acabar sendo forçada a formar outra "grande coalizão" com o SPD, com quem governou entre 2005 e 2009.

O presidente francês, François Hollande, um socialista que esperava uma forte presença do SPD na eleição, foi rápido em cumprimentar Merkel pela vitória. Por telefone, ele convidou a primeira-ministra a visitar Paris após a formação do novo governo, de acordo com a Presidência francesa.

O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, que preside as cúpulas da União Europeia, disse em mensagem de felicitações a Merkel: "Estou confiante de que a Alemanha e seu novo governo vão continuar o seu compromisso e contribuição para a construção de uma Europa pacífica e próspera a serviço de todos os seus cidadãos." (Reportagem adicional de Annika Breidthardt, Sarah Marsh, Madeline Chambers, Sophie Duvernoy, Erik Kirschbaum e Gareth Jones)

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Berlim - A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel , obteve uma grande vitória pessoal na eleição deste domingo, se aproximando da primeira maioria absoluta no Parlamento em meio século, um sinal de apoio à sua firme liderança na crise do euro.

Os resultados parciais colocam seu bloco conservador, formado pela União Democrata Cristã (CDU) e a União Social Cristã Bávara (CSU), com 42,5 por cento dos votos, o que, se confirmado, seria o seu resultado mais forte desde 1990, ano da unificação alemã.

O resultado poderia dar a Merkel uma vantagem de alguns assentos sobre a oposição conjunta na Câmara Baixa do Parlamento pela primeira vez desde que o conservador primeiro-ministro, Conrad Adenauer, conseguiu essa façanha em 1957. Mas ela ainda pode precisar de um parceiro de coalizão para seu terceiro mandato quando a apuração terminar.

"Este é um super resultado", disse Merkel a partidários. "Faremos tudo o que pudermos nos próximos quatro anos juntos para torná-los anos de sucesso para a Alemanha." Houve uma amarga decepção para seu aliado Partido Democrático Liberal (FDP), que parecia ter de deixar o Bundestag, sua primeira ausência da Câmara no pós-guerra.

O segundo maior partido alemão, o centro-esquerdista Social-Democrata (SPD), sofreu o seu segundo pior resultado desde a Segunda Guerra Mundial, atingindo apenas 26,4 por cento, depois de uma campanha cheia de gafes liderada pelo ex-ministro das Finanças Peer Steinbrueck.

Um novo partido eurocéptico, o Alternativa para a Alemanha (AfD), ainda pode roubar a maioria parlamentar de Merkel se ultrapassar o limite de 5 por cento necessário para entrar no Congresso. O AfD beirava 4,9 por cento, segundo projeções.

O radical Partido da Esquerda deve se confirmar como a terceira maior força, com cerca de 8,4 por cento, à frente dos Verdes, com 8 por cento.

Apesar da vitória retumbante, o terceiro mandato de Merkel não será fácil se ela acabar governando sozinha.

Alguns analistas temem que ela poderia ter problemas para aprovar leis em ambas as casas do Parlamento. A Câmara Alta é dominada por partidos de esquerda, como o SPD e os Verdes.


"Se Merkel não acabar com a maioria absoluta, será uma maioria muito estreita, então isso não tornará as coisas fáceis para ela politicamente", disse um analista político da Universidade Livre de Berlim, Carsten Koschmieder.

"Ela vai ter que prestar muito mais atenção às pessoas em seu próprio partido, por exemplo aqueles que votaram contra os resgates gregos." A incerteza sobre o resultado final significa que Merkel ainda pode acabar sendo forçada a formar outra "grande coalizão" com o SPD, com quem governou entre 2005 e 2009.

O presidente francês, François Hollande, um socialista que esperava uma forte presença do SPD na eleição, foi rápido em cumprimentar Merkel pela vitória. Por telefone, ele convidou a primeira-ministra a visitar Paris após a formação do novo governo, de acordo com a Presidência francesa.

O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, que preside as cúpulas da União Europeia, disse em mensagem de felicitações a Merkel: "Estou confiante de que a Alemanha e seu novo governo vão continuar o seu compromisso e contribuição para a construção de uma Europa pacífica e próspera a serviço de todos os seus cidadãos." (Reportagem adicional de Annika Breidthardt, Sarah Marsh, Madeline Chambers, Sophie Duvernoy, Erik Kirschbaum e Gareth Jones)

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