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Merkel defende redução da entrada de refugiados no país

Merkel ratificou sua convicção de que a Alemanha está capacitada para enfrentar os grandes desafios que a chegada de solicitantes de asilo representa

Angela Merkel tira foto com refugiado: "Temos que conseguir uma redução sensível dessas fluxos porque isso é do interesse de todos" (Reuters / Fabrizio Bensch)
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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2015 às 10h22.

Karlsruhe - A chanceler alemã, Angela Merkel , defendeu nesta segunda-feira uma "redução sensível" do fluxo de refugiados que chegam à Alemanha, país que, advertiu, com o tempo não poderá manter o amparo no volume atual.

"Temos que conseguir uma redução sensível dessas fluxos porque isso é do interesse de todos", discursou a chanceler no congresso federal da União Democrata-Cristã (CDU), realizado em Karlsruhe, no sudoeste do país, e que tem como tema dominante a crise dos refugiados.

Merkel ratificou sua convicção de que a Alemanha está capacitada para enfrentar os grandes desafios que a chegada de solicitantes de asilo representa, "já que faz parte de nossa identidade como país enfrentar e superar os maiores desafios", apontou.

A chanceler se referiu às críticas internas que recebeu após dizer, em agosto, que a Alemanha estava capacitada para receber esses fluxos, para acrescentar que, no entanto, nem um país como o seu pode, de forma duradoura, continuar a acolher contingentes desse porte.

Este pronunciamento foi um claro sinal conciliador para a ala do partido que exigia a imposição de um limite quantificável ao amparo de refugiados, ponto que Merkel se recusa a executar.

Merkel insistiu que é do "interesse comum" - da Alemanha, da Europa e dos próprios refugiados, "porque ninguém deixa superficialmente seu país" - conseguir uma redução significativa da chegada de peticionários de asilo.

Para isso, é necessária a adoção de medidas em escala nacional e europeia, assim como a melhora das condições de vida nos países de origem dos refugiados, insistiu.

O discurso de Merkel, para mil delegados, seguiu a linha conciliadora que já havia sido mostrada ontem durante as sessões preparatórias do congresso, quando a cúpula redigiu uma moção qualificada de consenso sobre a chegada dos refugiados.

A moção ficou no meio do caminho entre as exigências de um limite quantificável e as aspirações que, pelo menos, seja reconhecida a necessidade de uma redução "sensível".

Além disso foi incorporado um parágrafo onde se considera que nem um país como a Alemanha pode, com o tempo, continuar a receber um volume como o atual de refugiados, já que isso ultrapassa as possibilidades do país e de sua sociedade.

No entanto, é muito esperado o discurso amanhã, no congresso da CDU, do primeiro-ministro bávaro, Horst Seehofer, líder da União Social-Cristã da Baviera (CSU), que exige que a chegada de refugiados - a maior parte pelo sul da Alemanha - seja contida.

A maioria da cúpula da CSU insiste que é preciso impor um limite numérico à chegada de refugiados e este será o tema central do discurso de Seehofer, anunciou o líder bávaro.

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Karlsruhe - A chanceler alemã, Angela Merkel , defendeu nesta segunda-feira uma "redução sensível" do fluxo de refugiados que chegam à Alemanha, país que, advertiu, com o tempo não poderá manter o amparo no volume atual.

"Temos que conseguir uma redução sensível dessas fluxos porque isso é do interesse de todos", discursou a chanceler no congresso federal da União Democrata-Cristã (CDU), realizado em Karlsruhe, no sudoeste do país, e que tem como tema dominante a crise dos refugiados.

Merkel ratificou sua convicção de que a Alemanha está capacitada para enfrentar os grandes desafios que a chegada de solicitantes de asilo representa, "já que faz parte de nossa identidade como país enfrentar e superar os maiores desafios", apontou.

A chanceler se referiu às críticas internas que recebeu após dizer, em agosto, que a Alemanha estava capacitada para receber esses fluxos, para acrescentar que, no entanto, nem um país como o seu pode, de forma duradoura, continuar a acolher contingentes desse porte.

Este pronunciamento foi um claro sinal conciliador para a ala do partido que exigia a imposição de um limite quantificável ao amparo de refugiados, ponto que Merkel se recusa a executar.

Merkel insistiu que é do "interesse comum" - da Alemanha, da Europa e dos próprios refugiados, "porque ninguém deixa superficialmente seu país" - conseguir uma redução significativa da chegada de peticionários de asilo.

Para isso, é necessária a adoção de medidas em escala nacional e europeia, assim como a melhora das condições de vida nos países de origem dos refugiados, insistiu.

O discurso de Merkel, para mil delegados, seguiu a linha conciliadora que já havia sido mostrada ontem durante as sessões preparatórias do congresso, quando a cúpula redigiu uma moção qualificada de consenso sobre a chegada dos refugiados.

A moção ficou no meio do caminho entre as exigências de um limite quantificável e as aspirações que, pelo menos, seja reconhecida a necessidade de uma redução "sensível".

Além disso foi incorporado um parágrafo onde se considera que nem um país como a Alemanha pode, com o tempo, continuar a receber um volume como o atual de refugiados, já que isso ultrapassa as possibilidades do país e de sua sociedade.

No entanto, é muito esperado o discurso amanhã, no congresso da CDU, do primeiro-ministro bávaro, Horst Seehofer, líder da União Social-Cristã da Baviera (CSU), que exige que a chegada de refugiados - a maior parte pelo sul da Alemanha - seja contida.

A maioria da cúpula da CSU insiste que é preciso impor um limite numérico à chegada de refugiados e este será o tema central do discurso de Seehofer, anunciou o líder bávaro.

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