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May enfrentará moção de censura no Parlamento, diz jornal britânico

A primeira-ministra britânica pode enfrentar a moção de censura na terça-feira, dia 20

Com a saída de importantes ministros de seu gabinete, May enfrenta um desgaste político e poder deixar o cargo em breve (Parbul TV/Handout/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de novembro de 2018 às 11h00.

Última atualização em 16 de novembro de 2018 às 11h09.

São Paulo - A primeira-ministra britânica, Theresa May , passará por uma moção de censura na próxima semana, uma vez que parlamentares de seu Partido Conservador devem entregar as 48 cartas necessárias para desencadear uma votação contra a liderança da premiê nesta sexta-feira, 16, afirmou o jornal Daily Telegraph.

May pode ter de enfrentar a moção de censura na terça-feira, dia 20, disse ao jornal o correspondente chefe de política Christopher Hope, citando fontes que defendem o Brexit.

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O governo de May entrou em uma grave crise política desde quinta-feira, 15, quando dois dos principais membros de seu gabinete e outros dois secretários que não concordam com a aprovação do acordo prévio para a retirada do Reino Unido da União Europeia pediram demissão. Entre eles estão o negociador do Brexit, Dominic Raab e a secretária do Trabalho, Esther McVey.

Após apresentar o plano à Câmara dos Comuns pela manhã, May rejeitou à tarde que pretenda deixar o cargo e deu sinais de que pretende enfrentar uma moção de desconfiança de sua legenda. Alas mais eurocéticas do Partido Conservador articulavam na Quinta a aprovação do pedido. A oposição, composta pelo Partido Trabalhista, Partido Nacional Escocês e Partido Liberal-Democrata voltou a dar sinais que não pretende aprovar o acordo no Parlamento.

É necessário o apoio de 48 deputados do Partido Conservador para a que a moção de desconfiança vá a votação e o respaldo de 158 dos 315 parlamentares da legenda para que May deixe o cargo.

Uma pesquisa divulgada pelo canal de TV Sky News na quinta-feira indica que, agora, 54% dos britânicos preferem continuar na União Europeia. Apenas 14% apoiam o plano de May e 32% querem deixar o bloco de qualquer maneira. No plebiscito de 2016, 52% da população votou por deixar o bloco.

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