May afirma que ação na Síria tem por objetivo evitar mais vítimas civis
Estados Unidos, Reino Unido e França lançaram nesta sexta-feira o ataque em resposta ao uso de armas químicas pelo governo de Assad
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de abril de 2018 às 23h09.
Última atualização em 13 de abril de 2018 às 23h25.
Londres - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May , informou em comunicado que autorizou as forças armadas britânicas a conduzir uma ação coordenada com França e Estados Unidos com o objetivo de destruir unidades de armas químicas na Síria.
"O regime sírio tem histórico de utilização de armas químicas contra seu próprio povo da maneira mais cruel e abominável", afirmou May, destacando que o suposto ataque ocorrido no sábado (horário local) em Douma, no qual mais de 75 pessoas teriam morrido, "não deveria surpreender a ninguém".
De acordo com May, um conjunto significativo de informações, que inclui o serviço de inteligência, indica que o regime sírio foi responsável por este ataque.
"Esse padrão persistente de comportamento deve ser interrompido - não apenas para proteger pessoas inocentes na Síria das terríveis mortes e baixas causadas por armas químicas, mas também porque não podemos permitir a erosão da norma internacional que impede o uso dessas armas", pontuou a premiê.
A primeira-ministra britânica afirmou que todos os canais diplomáticos foram utilizados, sem sucesso. "Portanto, não há alternativa viável ao uso da força para destruir e impedir o uso de armas químicas pelo regime sírio. Isso não se trata de intervir em uma guerra civil. Isso não é sobre mudança de regime.
Trata-se de um ataque limitado e direcionado que não agrava ainda mais as tensões na região e que faz todo o possível para evitar vítimas civis. E enquanto esta ação é especificamente sobre dissuadir o regime sírio, também enviará um sinal claro para qualquer outra pessoa que acredita que pode usar armas químicas com impunidade", destacou a premiê, que avaliou ser esta uma ação de interesse nacional.
"Não podemos permitir que o uso de armas químicas se normalize - dentro da Síria, nas ruas do Reino Unido ou em qualquer outro lugar do mundo", concluiu.