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Mau tempo complica operações de busca de avião no Irã

O avião caiu no último domingo em uma região montanhosa do sudoeste do país com 66 pessoas a bordo

Irã: a aeronave desapareceu quando sobrevoava as montanhas de Zagros, a 500 km de Teerã e a menos de 25 km de seu destino (Tasnim News Agency/Reuters)
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AFP

Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 09h51.

As equipes de resgate iranianas retomaram nesta segunda-feira as operações de busca do avião que caiu no domingo em uma região montanhosa do sudoeste do país com 66 pessoas a bordo, em meio a condições meteorológicas difíceis.

As autoridades locais suspenderam no domingo as buscas pelos destroços do avião da companhia Aseman Airlines em consequência das condições meteorológicas.

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O avião ATR-72 havia decolado do aeroporto de Teerã na manhã de domingo e seguia para a cidade de Yasuj, na província de Ispahan, sudoeste do país.

A aeronave desapareceu quando sobrevoava as montanhas de Zagros, a 500 km de Teerã e a menos de 25 km de seu destino, segundo a Aseman.

As autoridades acreditam que o avião caiu e temem que todos os ocupantes faleceram no acidente.

De acordo com a televisão estatal, quatro helicópteros mobilizados durante a madrugada foram obrigados a retornar à base pela visibilidade reduzida.

Nestas condições, as equipes de resgate "realizam a busca a pé e, até agora, não encontraram nada", afirmou à agência ISNA uma fonte do Crescente Vermelho iraniano.

Segundo as autoridades, centenas de funcionários, auxiliados por cães farejadores, trabalham em uma região com altitude de até 4.500 metros, próximo ao monte Dena, local mais provável da queda do avião.

Em dezembro de 2016, a Aseman Airlines passou a integrar a lista de companhias aéreas proibidas na União Europeia. É uma das três únicas empresas vetadas de forma nominal no espaço aéreo europeu, já que as outras 190 são punidas por restrições que afetam seu país de origem.

Durante muito tempo, o Irã acusou o governo dos Estados Unidos de colocar em perigo seu sistema de transporte aéreo por culpa das sanções comerciais contra a República Islâmica e que, para Teerã, são contrárias ao direito internacional.

Em um documento de trabalho transmitido em 2013 à Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), vinculada às Nações Unidas, o Irã afirmou que as sanções americanas impediam o país de adquirir "peças, serviço e assistência indispensáveis em termos de segurança aérea".

A indústria de transporte aéreo iraniano está submetida, desde 1995, a um embargo dos Estados Unidos que impede às empresas comprar aviões civis ou peças de reposição. Uma parte de sua frota permanece parada.

Com a crise provocada desde 2003 pelo programa nuclear iraniano foram anunciadas novas sanções comerciais dos Estados Unidos, assim como da União Europeia e da ONU.

Este embargo foi retirado de forma parcial após o acordo nuclear assinado em 2015 pelo Irã e as grandes potências (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, China e Alemanha).

Após o acordo, a Aseman Airlines assinou em junho de 2017 um contrato com a americana Boeing para adquirir 30 aeronaves do tipo 737 MAX, por um valor de três bilhões de dólares.

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