Massacres étnicos em Juba já tiraram a vida de 600 pessoas
Essas são as conclusões do primeiro relatório da Comissão de Direitos Humanos do Sudão do Sul sobre os atos de violência registrados nos últimos três meses
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2014 às 09h52.
Juba - A Comissão de Direitos Humanos do Sudão do Sul denunciou nesta segunda-feira que pelo menos 600 pessoas morreram na capital, Juba, em massacres perpetrados por motivos étnicos, após a explosão do conflito entre governo e os rebeldes em dezembro.
Essas são as conclusões do primeiro relatório deste órgão governamental sobre os atos de violência registrados nos últimos três meses, depois que as autoridades acusaram o vice-presidente Riek Machar de uma tentativa de golpe de Estado.
Com o início dos enfrentamentos no interior do quartel da Guarda Republicana, em Juba, alguns de seus soldados cercaram e assassinaram em seus lares famílias de civis da tribo nuer, à qual pertence Machar, segundo o relatório.
Testemunhas confirmaram também que membros da rival tribo dinka, vestidos com uniformes militares e armados com fuzis automáticos, inspecionaram casas em busca dos nuer.
A comissão assinalou que o conflito desde o começo teve conotação étnica, por isso que pediu para conter de maneira urgente esta situação.
O presidente sul-sudanês, Salva Kiir, é membro do clã dinka, que junto à nuer constituem as maiores tribos do país e possuem armas.
O documento, que se centra somente no ocorrido em Juba, será entregue ao parlamento e ao Conselho de Estados.
A Human Rights Watch (HRW) já denunciou em janeiro que tanto as forças governamentais como as rebeldes perpetraram ataques contra civis e massacres por motivos étnicos.
O grupo, que entrevistou 200 vítimas e testemunhas, indicou que houve massacres generalizados de homens da tribo nuer pelas mãos do Exército sul-sudanês na capital, e de membros desta tribo contra os dinka na cidade de Bor, entre outras.
Milhares de pessoas morreram e centenas se viram obrigadas a abandonar seus lares desde meados de dezembro pelos combates.
O governo e os insurgentes assinaram um acordo de cessar-fogo em 23 de janeiro na capital da Etiópia, mas ambos os grupos se acusaram de violá-lo.
Juba - A Comissão de Direitos Humanos do Sudão do Sul denunciou nesta segunda-feira que pelo menos 600 pessoas morreram na capital, Juba, em massacres perpetrados por motivos étnicos, após a explosão do conflito entre governo e os rebeldes em dezembro.
Essas são as conclusões do primeiro relatório deste órgão governamental sobre os atos de violência registrados nos últimos três meses, depois que as autoridades acusaram o vice-presidente Riek Machar de uma tentativa de golpe de Estado.
Com o início dos enfrentamentos no interior do quartel da Guarda Republicana, em Juba, alguns de seus soldados cercaram e assassinaram em seus lares famílias de civis da tribo nuer, à qual pertence Machar, segundo o relatório.
Testemunhas confirmaram também que membros da rival tribo dinka, vestidos com uniformes militares e armados com fuzis automáticos, inspecionaram casas em busca dos nuer.
A comissão assinalou que o conflito desde o começo teve conotação étnica, por isso que pediu para conter de maneira urgente esta situação.
O presidente sul-sudanês, Salva Kiir, é membro do clã dinka, que junto à nuer constituem as maiores tribos do país e possuem armas.
O documento, que se centra somente no ocorrido em Juba, será entregue ao parlamento e ao Conselho de Estados.
A Human Rights Watch (HRW) já denunciou em janeiro que tanto as forças governamentais como as rebeldes perpetraram ataques contra civis e massacres por motivos étnicos.
O grupo, que entrevistou 200 vítimas e testemunhas, indicou que houve massacres generalizados de homens da tribo nuer pelas mãos do Exército sul-sudanês na capital, e de membros desta tribo contra os dinka na cidade de Bor, entre outras.
Milhares de pessoas morreram e centenas se viram obrigadas a abandonar seus lares desde meados de dezembro pelos combates.
O governo e os insurgentes assinaram um acordo de cessar-fogo em 23 de janeiro na capital da Etiópia, mas ambos os grupos se acusaram de violá-lo.