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Marine le Pen é absolvida por acusação de incitação ao ódio

Durante um ato em Lyon, Le Pen afirmou que as rezas muçulmanos nas ruas das cidades constituem "uma ocupação de partes do território"

Marine Le Pen: sua declaração rendeu processo movido por várias organizações antirracistas por "provocação à discriminação, à violência e ao ódio" (Jacques Demarthon/AFP)
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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2015 às 13h25.

Paris - A líder ultradireitista francesa Marine le Pen foi absolvida nesta terça-feira das acusações de incitação ao ódio por ter comparado durante um comício em 2010 as rezas muçulmanas de rua com a ocupação da França pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Durante um ato em Lyon, no leste do país, na campanha para a presidência da Frente Nacional (FN), Le Pen afirmou que as rezas muçulmanos nas ruas das cidades constituem "uma ocupação de partes do território".

"É verdade que não há blindados, nem soldados, mas prejudica os moradores", acrescentou.

Aquelas palavras valeram a ela um processo movido por várias organizações antirracistas por "provocação à discriminação, à violência e ao ódio", a primeira em sua ficha judicial, e crime passível de pena de até um ano de prisão e multa de 45 mil euros (R$ 190 mil).

Deputada do parlamento Europeu, a justiça francesa teve que pedir à Eurocâmara que suspendesse sua imunidade, o que foi autorizado em julho de 2013.

Os juízes de Lyon decidiram hoje seguir a opinião da procuradoria, que durante uma audiência, em 20 de outubro, se pronunciou a favor da absolvição.

O Ministério Público considerou que Le Pen não se referia ao conjunto da comunidade muçulmana, mas à minoria que ocupava as ruas do país.

Foi a primeira vez que Marine le Pen teve que comparecer por incitação ao ódio, embora já tenha sido ré em um caso de difamação.

O processo aconteceu três semanas antes das eleições regionais, e seu veredicto dado dois dias depois do segundo turno, em que os candidatos da extrema direita, entre eles a própria Le Pen, não venceram em nenhuma região, apesar de terem acabado na liderança em seis das 13 do país no primeiro turno.

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Durante um ato em Lyon, no leste do país, na campanha para a presidência da Frente Nacional (FN), Le Pen afirmou que as rezas muçulmanos nas ruas das cidades constituem "uma ocupação de partes do território".

"É verdade que não há blindados, nem soldados, mas prejudica os moradores", acrescentou.

Aquelas palavras valeram a ela um processo movido por várias organizações antirracistas por "provocação à discriminação, à violência e ao ódio", a primeira em sua ficha judicial, e crime passível de pena de até um ano de prisão e multa de 45 mil euros (R$ 190 mil).

Deputada do parlamento Europeu, a justiça francesa teve que pedir à Eurocâmara que suspendesse sua imunidade, o que foi autorizado em julho de 2013.

Os juízes de Lyon decidiram hoje seguir a opinião da procuradoria, que durante uma audiência, em 20 de outubro, se pronunciou a favor da absolvição.

O Ministério Público considerou que Le Pen não se referia ao conjunto da comunidade muçulmana, mas à minoria que ocupava as ruas do país.

Foi a primeira vez que Marine le Pen teve que comparecer por incitação ao ódio, embora já tenha sido ré em um caso de difamação.

O processo aconteceu três semanas antes das eleições regionais, e seu veredicto dado dois dias depois do segundo turno, em que os candidatos da extrema direita, entre eles a própria Le Pen, não venceram em nenhuma região, apesar de terem acabado na liderança em seis das 13 do país no primeiro turno.

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