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Manifestação na Avenida Paulista chama atenção contra o bullying e a violência infantil

Segundo a Polícia Militar, 900 pessoas participaram do lançamento da campanha nacional contra o bullying

O protesto aconteceu na tarde deste sábado na Avenida Paulista (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2011 às 12h01.

São Paulo - Uma manifestação realizada na tarde de hoje, na Avenida Paulista, em São Paulo, marcou o lançamento de uma campanha nacional contra o bullying e a violência infantil. A manifestação é parte da mobilização Quebrando o Silêncio, criada pelos Adventistas do Sétimo Dia e que há dez anos luta contra a violência à mulher, ao idoso e à criança. Segundo a Polícia Militar, o ato contou com a participação de cerca de 900 pessoas. Os organizadores estimaram em duas mil pessoas.

“Bullying é todo ato de violência física ou psicológica exercida por alguém que seja fisicamente superior àquele que é oprimido e que traz prejuízo significativo para a vida dessa pessoa”, explicou Noel José Dias da Costa, psicólogo da rede educacional adventista e um dos voluntários do evento.

Uma das crianças presentes à manifestação, a estudante Talita A., de 11 anos, disse já ter sido vítima de bullying. Talita contou que alguns garotos da escola a apelidaram de Olivia Palito (personagem do desenho Popeye) por ela ser magra. Depois de ter ficado triste e chorado, ela contou a história para a mãe, que conversou com a escola. “A escola falou com os meninos e eles me pediram desculpa”, contou.

Talita disse que agora se sente mais feliz. “Acho importante a escola discutir isso porque assim as crianças vão parar de praticar isso e vão respeitar mais as pessoas”.

Segundo o psicólogo, a criança que é vítima de bullying pode apresentar dificuldades em suas interações com outras pessoas, na escola e na formação de sua identidade. “No longo prazo, os prejuízos podem trazer severos traumas psicológicos que podem vir na forma de ansiedade, depressão e comportamentos inadequados”, disse.

A ação desta tarde foi marcada por um mural, de cerca de 30 metros, onde as pessoas puderam deixar a marca de sua mão, com o objetivo de formar um grande símbolo contra a violência.

“Nossa campanha é preventiva e educativa. Fazemos algumas manifestações públicas, como a de hoje, mas nosso foco é a educação. Fazemos campanhas nas escolas e palestras”, disse Sonia Santos, coordenadora estadual da campanha.

Segundo a organização do ato, uma pesquisa sobre bullying no país, publicada no ano passado pela organização não governamental Plan Brasil, apontou que cerca de 70% dos estudantes dizem já terem presenciado cenas de violência em suas unidades de ensino. Quase metade dos estudantes consultados na mesma pesquisa (47%) disse já ter visto um colega sofrer bullying.

Pouco antes da manifestação contra o bullying, cerca de 50 estudantes fizeram um outro ato, também no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, pedindo por uma destinação maior do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação.

“A principal reivindicação é maior investimento para a educação. Também reivindicamos um sistema igualitário público de ensino, universal e de qualidade”, disse Yuri Gonzaga, estudante de jornalismo da Universidade de São Paulo (USP) e um dos organizadores do movimento, que foi convocado pelas redes sociais na internet.

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São Paulo - Uma manifestação realizada na tarde de hoje, na Avenida Paulista, em São Paulo, marcou o lançamento de uma campanha nacional contra o bullying e a violência infantil. A manifestação é parte da mobilização Quebrando o Silêncio, criada pelos Adventistas do Sétimo Dia e que há dez anos luta contra a violência à mulher, ao idoso e à criança. Segundo a Polícia Militar, o ato contou com a participação de cerca de 900 pessoas. Os organizadores estimaram em duas mil pessoas.

“Bullying é todo ato de violência física ou psicológica exercida por alguém que seja fisicamente superior àquele que é oprimido e que traz prejuízo significativo para a vida dessa pessoa”, explicou Noel José Dias da Costa, psicólogo da rede educacional adventista e um dos voluntários do evento.

Uma das crianças presentes à manifestação, a estudante Talita A., de 11 anos, disse já ter sido vítima de bullying. Talita contou que alguns garotos da escola a apelidaram de Olivia Palito (personagem do desenho Popeye) por ela ser magra. Depois de ter ficado triste e chorado, ela contou a história para a mãe, que conversou com a escola. “A escola falou com os meninos e eles me pediram desculpa”, contou.

Talita disse que agora se sente mais feliz. “Acho importante a escola discutir isso porque assim as crianças vão parar de praticar isso e vão respeitar mais as pessoas”.

Segundo o psicólogo, a criança que é vítima de bullying pode apresentar dificuldades em suas interações com outras pessoas, na escola e na formação de sua identidade. “No longo prazo, os prejuízos podem trazer severos traumas psicológicos que podem vir na forma de ansiedade, depressão e comportamentos inadequados”, disse.

A ação desta tarde foi marcada por um mural, de cerca de 30 metros, onde as pessoas puderam deixar a marca de sua mão, com o objetivo de formar um grande símbolo contra a violência.

“Nossa campanha é preventiva e educativa. Fazemos algumas manifestações públicas, como a de hoje, mas nosso foco é a educação. Fazemos campanhas nas escolas e palestras”, disse Sonia Santos, coordenadora estadual da campanha.

Segundo a organização do ato, uma pesquisa sobre bullying no país, publicada no ano passado pela organização não governamental Plan Brasil, apontou que cerca de 70% dos estudantes dizem já terem presenciado cenas de violência em suas unidades de ensino. Quase metade dos estudantes consultados na mesma pesquisa (47%) disse já ter visto um colega sofrer bullying.

Pouco antes da manifestação contra o bullying, cerca de 50 estudantes fizeram um outro ato, também no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, pedindo por uma destinação maior do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação.

“A principal reivindicação é maior investimento para a educação. Também reivindicamos um sistema igualitário público de ensino, universal e de qualidade”, disse Yuri Gonzaga, estudante de jornalismo da Universidade de São Paulo (USP) e um dos organizadores do movimento, que foi convocado pelas redes sociais na internet.

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