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Mais de um terço da população mundial está em quarentena pelo coronavírus

Estados Unidos e Japão batem recorde de novos casos, enquanto a África continua relativamente protegida

Coronavírus na Índia: país deu início à maior quarentena já registrada, com 1,3 bilhão de habitantes com restrições de deslocamento (Rupak De Chowdhuri/Reuters)
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Clara Cerioni

Publicado em 26 de março de 2020 às 14h47.

Última atualização em 26 de março de 2020 às 15h26.

O mundo amanheceu nesta quinta-feira, 26, com uma notícia impactante: mais de um terço da população do planeta está em quarentena ou enfrenta medidas restritivas de deslocamento por causa do avanço do novo coronavírus .

Em números absolutos, isso significa que 2,5 bilhões de pessoas estão em algum tipo de isolamento — boa parte na China, país onde surgiu a doença, e na Índia, onde o país inteiro (1,3 bilhão de pessoas) está confinado.

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Mais de 492.000 pessoas, em todos os continentes, estão infectadas com o novo coronavírus e 22.000 morreram. As informações são da Universidade John Hopkins, dos Estados Unidos, que vêm monitorando em tempo real o número de casos no mundo.

Nas últimas 24 horas, vários países bateram o recorde de casos registrados. Fazem parte dessa lista os Estados Unidos, Japão, Cingapura, Nova Zelândia, Malásia e Rússia. Nesta quarta-feira, 25, a Nova Zelândia entrou em alerta total, com 73 novos infectados e cinco casos suspeitos.

A propagação da doença também está assustando o Japão, com 98 novos infectados — 1.300 pessoas contraíram o vírus no país.

A Itália praticamente empatou com a China no número de casos confirmados. Já são mais 74.300. Na China, onde o pico da doença já passou, quase 82.000 pessoas contraíram o vírus.

A codiv-19 vem se propagando rapidamente nos Estados Unidos, o terceiro país mais afetado pela doença, com quase 70.000 infectados e 380 óbitos.

A boa notícia é que países que vivem conflitos armados, como a Líbia e a Somália, até agora têm poucos casos confirmados. Na Líbia, é só um — pelo menos oficialmente. A Somália declarou ter dois pacientes infectados e a República Centro-Africana, um dos países mais pobres e turbulentos do mundo, informou ter três pessoas contaminadas.

Não à toa, todos esses países ficam na África, que é até agora o continente menos afetado pela doença. A maioria dos países africanos impôs medidas significativas para conter a doença, com quarentena de 21 dias, na África do Sul, e proibição de voos internacionais na Nigéria.

O Marrocos fechou tudo, desde escolas e restaurantes até mesquitas, empresas e lojas. A quarentena total é a esperança de sair da crise sem tantos arranhões.

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