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Mais de 4.700 refugiados morreram no Mediterrâneo em 2016

O fluxo diminuiu do ano passado para esse, mas as mortes aumentaram em relação aos dois anos precedentes em quase 50%

Refugiados: de acordo com dados do Ministério do Interior italiano, a maior parte das pessoas que chegaram ao país em 2016 vinham da Nigéria (33.807) (Getty/Getty Images)
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EFE

Publicado em 6 de dezembro de 2016 às 12h36.

Genebra - Um total de 4.715 refugiados e imigrantes ilegais morreram neste ano em sua tentativa de atravessar o Mar Mediterrâneo, o que representa 1.600 mortes a mais que no mesmo período de 2015, segundo os últimos dados da Organização Internacional de Migrações (OIM) divulgados nesta terça-feira.

A OIM documentou a chegada por mar de 351.080 refugiados e imigrantes ilegais à Europa neste ano, com 171.875 pessoas que chegaram à Grécia e outras 173.571 à Itália.

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O total de chegadas está "muito abaixo" do número registrado neste período do ano em 2015, no qual tinham conseguido chegar ao território comunitário 883.393 refugiados e imigrantes ilegais.

Apesar do fluxo ter diminuído de um ano para outro, as mortes aumentaram em relação aos dois anos precedentes em quase 50%, comentou a OIM.

A rota do Mediterrâneo Central, que liga a África - particularmente a Líbia - com a Itália, foi o caminho mais mortal, já que soma mais de 4.223 pessoas afogadas este ano, aproximadamente 90% das mortes no Mediterrâneo.

Em 2015, essa rota representava 80% de todos as mortes de refugiados e imigrantes ilegais.

De acordo com dados do Ministério do Interior italiano, a maior parte das pessoas que chegaram ao país em 2016 vinham da Nigéria (33.807), quase o dobro das 19.576 pessoas registradas no ano anterior.

Por outro lado, em um dos grandes países de origem do Chifre da África, a Eritreia, foram observadas diminuições "importantes" em comparação com 2015.

Segundo a OIM, em outubro uns 19.288 eritreus chegaram à Itália por mar frente aos 37.796 no mesmo mês do ano anterior.

Por outro lado, vários países da África Ocidental, além da Nigéria, registraram um aumento de um ano para outro e, no caso da Guiné, por exemplo, foram contabilizadas 11.131 chegadas à Itália de pessoas que deixaram esse país nos dez primeiros meses de 2016 frente aos 1.916 do ano precedente.

O número de marfinenses triplicou, de 3.023 para 10.489, enquanto Gana, Mali e Gâmbia também registraram "grandes aumentos", de acordo com a OIM.

Já o fluxo dos sudaneses foi praticamente o mesmo que no ano passado (9.033 frente a 8.692).

As chegadas à Grécia diminuíram consideravelmente em relação ao ano passado, e o caso dos imigrantes sírios, os mais numerosos em 2015, é ilustrativo, já que seu número caiu de quase 500 mil para 78.736.

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