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Mais de 3.500 pessoas deixam Aleppo com retomada de evacuação

As operações foram possíveis graças ao acordo fechado entre Turquia, aliada dos rebeldes, e Irã e Rússia, que apoiam o governo sírio

Civis: a evacuação em Aleppo começou na quinta-feira, mas foi suspensa (Ammar Abdullah/Reuters)
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EFE

Publicado em 19 de dezembro de 2016 às 08h07.

Beirute - A evacuação das pessoas assediadas no leste da cidade síria de Aleppo, no norte da Síria , foi retomada nesta segunda-feira, de onde já saíram nas últimas horas cerca de 3.500 pessoas, enquanto se realiza uma operação similar nos povoados de maioria xiita de Fua e Kefraya.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, desde a madrugada passada 65 ônibus com doentes, feridos, civis e combatentes opositores partiram dos distritos sitiados da metade oriental de Aleppo em direção à área de Al Rashidin, a oeste da cidade.

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Enquanto isso, cerca de 500 pessoas chegaram a bordo de dezenas de ônibus a zonas sob o controle das autoridades sírias em Aleppo procedentes de Fua e Kefraya, na vizinha província de Idlib e rodeadas pela Frente da Conquista do Levante e por outras facções.

Estas operações de evacuação foram possíveis graças ao acordo fechado entre Turquia, aliada dos rebeldes, Irã e Rússia, que apoiam o governo de Damasco, informou o Observatório.

A evacuação em Aleppo começou na quinta-feira, mas foi suspensa na sexta-feira no meio das acusações entre as partes.

Há dois dias, foi feito um novo pacto que incluía a evacuação de pessoas de Fua e Kefraya, em troca do reatamento do processo em Aleppo; uma reivindicação que desde o começo o Irã tinha feito.

Ontem ia ser retomada a operação, mas voltou a ser paralisada após a queima de ônibus que iam evacuar pessoas de Fua e Kefraya por parte da facção radical Jund al Aqsa, vinculada à Frente da Conquista do Levante, segundo acusações de um motorista dos veículos.

Até o momento em que a evacuação foi suspensa na sexta-feira, cerca de 8.500 pessoas tinham abandonado a região assediada do leste de Aleppo, de acordo com dados do Observatório.

Um médico que permanecia nessa área afirmou à Efe há dois dias que ainda permaneciam cerca de 50 mil pessoas nos quatro bairros que estão cercados pelo Exército sírio e onde há presença insurgente.

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