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Imigrantes ilegais presos iniciam greve de fome no Arizona

Imograntes reivindicam melhores condições do Escritório de Imigração e Alfândegas e investigação sobre as recentes mortes


	Imigrantes sem documento atravessam fronteira entre os EUA e o México
 (John Moore/AFP)

Imigrantes sem documento atravessam fronteira entre os EUA e o México (John Moore/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2015 às 19h49.

Tucson - Mais de 200 imigrantes ilegais retidos no centro de detenções em Eloy, no estado americano do Arizona, iniciaram neste sábado uma greve de fome para reivindicar melhores condições do Escritório de Imigração e Alfândegas (ICE), assim como uma investigação sobre as recentes mortes de dois imigrantes no interior do recinto.

A organização Puente confirmou que nesta manhã mais 200 homens se sentaram no pátio deste centro e se declararam em greve de fome.

Os imigrantes solicitam que sejam averiguadas as duas mortes registradas nas últimas semanas no interior do prédio, das quais uma foi confirmada por autoridades do ICE, que informaram que se tratava de um imigrante ilegal de origem mexicana morto em maio.

A agência federal disse à Agência Efe que não tinha conhecimento de nenhum outro falecimento neste centro ocorrido nas ultimas semanas.

No entanto, os imigrantes em Eloy afirmam que ambas as mortes ocorreram sob circunstâncias que classificam como "suspeitas", visto que os imigrantes ilegais foram agredidos pelos agentes do ICE.

Os grevistas se queixam de um contínuo problema de abuso de autoridade e uso excessivo de força por parte dos agentes, assim como de tratamentos de saúde e psicológicos inadequados.

"Meu marido retornou aos EUA após ser deportado ao México porque temia por sua vida, agora teme por sua vida pela forma como os guardas tratam as pessoas detidas em Eloy", disse Sandra Ojeda, cujo marido está preso neste centro e participa da greve de fome.

Francisca Porchas, integrante do grupo Puente, informou à Agência Efe que as recentes mortes de imigrantes dentro de Eloy geraram uma grande aflição entre os detidos, que "não têm outra arma além de seus próprios corpos para pedir justiça". EFE

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