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Mais de 100 milhões correm o risco de passar fome no mundo

O diretor da divisão de emergência da FAO isse que estudos recentes mostraram que em 2016 102 mi de pessoas enfrentavam desnutrição aguda

Fome no mundo: "Ajuda humanitária tem mantido até agora muitas pessoas vivas, mas a situação da segurança alimentar delas continua a deteriorar" (.)
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Reuters

Publicado em 3 de março de 2017 às 21h16.

Roma - O número de pessoas enfrentando fome severa no mundo ultrapassou os 100 milhões e vai aumentar se a ajuda humanitária não for acompanhada de mais apoio para os agricultores, disse uma importante autoridade da Organização das Nações Unidas ( ONU ).

Dominique Burgeon, diretor da divisão de emergência da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), disse que estudos recentes mostraram que em 2016 102 milhões de pessoas enfrentavam desnutrição aguda, o que significa que elas estão à beira da fome, num aumento de quase 30 por cento em relação aos 80 milhões de 2015.

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O aumento se deu principalmente por causa do aprofundamento das crises no Iêmen, no Sudão do Sul, na Nigéria e na Somália, onde conflito e seca têm atingido a produção de alimentos, disse ele.

"Ajuda humanitária tem mantido até agora muitas pessoas vivas, mas a situação da segurança alimentar delas continua a deteriorar", disse Burgeon à Thomson Reuters Foundation.

Mais investimentos são necessários para ajudar que as pessoas se alimentem de plantações e rebanhos, acrescentou.

"Nós vamos com aviões, nós proporcionamos ajuda alimentar e conseguimos mantê-los vivos, mas não investimos o suficiente no sustento dessas pessoas", declarou ele.

"Nós evitamos que eles entrem numa situação de fome, mas não somos bons em retirá-los do penhasco, para longe da insegurança alimentar."

A ONU disse no mês passado que mais de 20 milhões de pessoas, mais do que a população da Romênia ou da Flórida, nos Estados Unidos, correm o risco de morrer de fome dentro de seis semanas em quatro situações de crise.

Guerras no Iêmen, no nordeste da Nigéria e no Sudão do Sul acabam com lares e fazem os preços subir, enquanto que uma seca no leste africano tem arruinado a economia agrícola.

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