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Mais de 100 feridos no Japão após terremoto na costa de Fukushima

O tremor, que aconteceu no último sábado na costa de Fukushima, deixou 114 feridos, mas não provocou um tsunami, como em 2011

Fukushima, no Japão: autoridades pedem para população ter cuidado porque há risco de deslizamentos de terra (Hiroshi Hiyama/AFP)

Fukushima, no Japão: autoridades pedem para população ter cuidado porque há risco de deslizamentos de terra (Hiroshi Hiyama/AFP)

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AFP

Publicado em 14 de fevereiro de 2021 às 10h44.

Mais de 100 pessoas ficaram feridas no Japão devido a um terremoto de magnitude 7.3 na costa de Fukushima (nordeste), quase uma década depois do tsunami que causou uma catástrofe nuclear na região.

O tremor, que aconteceu no sábado, 13, pouco depois das 23h00 (11h00 no horário de Brasília), causou 114 feridos, seis deles graves, na região e também nos arredores de Tóquio, segundo informaram as autoridades neste domingo.

O terremoto não provocou um tsunami, apesar de ter gerado várias réplicas durante a noite.

Neste domingo pela manhã, não havia registros de vítimas mortais ou de danos materiais significativos. Também não foram detectadas anomalias nas usinas nucleares das áreas afetadas, as mesmas que foram abaladas pela catástrofe de 2011.

Em 11 de março de 2011, um terremoto de magnitude 9 acompanhado por um tsunami gigantesco causou 18.000 mortes e desaparecidos e danificou gravemente a usina nuclear de Fukushima Daiichi.

Segundo a Agência Meteorológica Japonesa (JMA), o tremor de sábado, de magnitude 7,3, é uma réplica distante do terremoto de 2011.

O epicentro ficou a 60 km de profundidade no oceano Pacífico e a cerca de 60 km da costa de Fukushima, segundo a JMA. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) informou uma magnitude de 7,1 e uma profundidade de 51 km.

Neste domingo pela manhã, a energia elétrica estava praticamente restabelecida em 100%, depois de quase um milhão de casas ficarem sem eletricidade no dia anterior.

Até o momento, o principal dano material visível foi um deslizamento de terra que afetou uma estrada no departamento de Fukushima. Imagens aéreas da televisão mostravam também outro deslizamento de terra em um circuito de estradas de um lugar remoto.

As conexões de trens de alta velocidade (Shinkansen) no norte do Japão permaneciam suspensas neste domingo para analisar o estado das infraestruturas.

Risco de réplicas

As autoridades japonesas pediram à população para "ter o extremo cuidado" pois pode haver mais réplicas nos próximos dias e porque o risco de deslizamentos de terra aumentará com as chuvas previstas para segunda-feira na região.

"Especialmente nos dois ou três próximos dias, pode haver terremotos muito fortes", alertou o porta-voz do governo, Katsunobu Kato.

O governo continua avaliando os danos neste domingo. Até o momento, informou de oito estruturas danificadas, principalmente casas. A mídia local falava de dezenas de edifícios com os telhados destruídos e os canos estourados.

Membros das forças japonesas de autodefesa foram enviados às áreas afetadas para distribuir água às 4.800 famílias que se ficaram sem acesso à água corrente, disse Kato.

Mais de 250 pessoas se refugiaram em centros de evacuação durante a noite, mas a maioria já voltou para suas casas, acrescentou.

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