Mais de 10 mil crianças perderam os pais por causa do ebola
Outras 6.000 que perderam o responsável por causa da doença
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 14h12.
Genebra - Pelo menos 16 mil menores de idade perderam os pais ou responsáveis devido à epidemia de ebola na África Ocidental, segundo anunciou a Unicef nesta quinta-feira.
Até o momento, a agência humanitária das Nações Unidas identificou na Guiné, na Libéria e em Serra Leoa, os três países mais afetados pela epidemia, 10 mil crianças que perderam um ou ambos os pais, e outras 6.000 que perderam o responsável.
'Por enquanto, focamos nas crianças que não têm nenhum dos pais ou responsável e estamos tentando encontrar algum parente que possa tomar conta delas', explicou em entrevista coletiva Peter Salama, coordenador da emergência de ebola na Unicef.
Até agora a entidade conseguiu que 5.000 crianças encontrassem uma pessoa pertencente à 'família extensa' que pudessem se encarregar de seu cuidado.
Nos casos em que não havia ninguém disponível, algo raro na África Ocidental, foram buscadas alternativas como famílias adotivas que são auxiliadas com transferências de dinheiro ou comida.
A Unicef tem um sistema de centros de amparo temporários onde as crianças órfãs ficam enquanto seus parentes são encontrados, inclusive enquanto esperam que seus pais se recuperem da doença. A entidade administra cerca de dez centros deste tipo distribuídos entre os três países.
Salama informou que é temido um possível aumento dos casos de sarampo e malária, de até um terço em relação a antes da epidemia, por causa da interrupção dos programas de vacinação e prevenção de doenças.
A Unicef considera que caíram entre 30% e 50% os índices de imunização nos três países mais afetados.
O sarampo e a malária eram as principais causas de morte entre as crianças menores de cinco anos na região antes da epidemia. Serra Leoa tinha o maior índice de mortes do mundo nessa faixa etária.
'Temos que agir de forma muito cuidadosa para evitar que a reabertura de centros de saúde para tratar de outras doenças não resulte um aumento dos contágios de ebola'.
Salama também alertou para o perigo de não se prestar atenção o suficiente em outras doenças, o que pode causar a morte de muitas crianças a meio e longo prazo.
Calcula-se que entre um quinto e um quarto das mortos por ebola eram crianças. No total, os casos confirmados, suspeitos e prováveis de infecção por ebola chegam a 22.092, dos quais 8.810 morreram.
Genebra - Pelo menos 16 mil menores de idade perderam os pais ou responsáveis devido à epidemia de ebola na África Ocidental, segundo anunciou a Unicef nesta quinta-feira.
Até o momento, a agência humanitária das Nações Unidas identificou na Guiné, na Libéria e em Serra Leoa, os três países mais afetados pela epidemia, 10 mil crianças que perderam um ou ambos os pais, e outras 6.000 que perderam o responsável.
'Por enquanto, focamos nas crianças que não têm nenhum dos pais ou responsável e estamos tentando encontrar algum parente que possa tomar conta delas', explicou em entrevista coletiva Peter Salama, coordenador da emergência de ebola na Unicef.
Até agora a entidade conseguiu que 5.000 crianças encontrassem uma pessoa pertencente à 'família extensa' que pudessem se encarregar de seu cuidado.
Nos casos em que não havia ninguém disponível, algo raro na África Ocidental, foram buscadas alternativas como famílias adotivas que são auxiliadas com transferências de dinheiro ou comida.
A Unicef tem um sistema de centros de amparo temporários onde as crianças órfãs ficam enquanto seus parentes são encontrados, inclusive enquanto esperam que seus pais se recuperem da doença. A entidade administra cerca de dez centros deste tipo distribuídos entre os três países.
Salama informou que é temido um possível aumento dos casos de sarampo e malária, de até um terço em relação a antes da epidemia, por causa da interrupção dos programas de vacinação e prevenção de doenças.
A Unicef considera que caíram entre 30% e 50% os índices de imunização nos três países mais afetados.
O sarampo e a malária eram as principais causas de morte entre as crianças menores de cinco anos na região antes da epidemia. Serra Leoa tinha o maior índice de mortes do mundo nessa faixa etária.
'Temos que agir de forma muito cuidadosa para evitar que a reabertura de centros de saúde para tratar de outras doenças não resulte um aumento dos contágios de ebola'.
Salama também alertou para o perigo de não se prestar atenção o suficiente em outras doenças, o que pode causar a morte de muitas crianças a meio e longo prazo.
Calcula-se que entre um quinto e um quarto das mortos por ebola eram crianças. No total, os casos confirmados, suspeitos e prováveis de infecção por ebola chegam a 22.092, dos quais 8.810 morreram.