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Maioria de terminais petrolíferos da Líbia está parada

Revolta popular contra o líder Muammar Kadafi paralisa a Líbia, o 12º maior exportador mundial de Petróleo

Protestos em Bengazi, na Líbia: revolta popular é contra o líder Muammar Kadafi, que está há 41 anos no poder (John Moore/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2011 às 10h55.

Londres - Quase todos os embarques de petróleo da Líbia, o 12o maior exportador mundial da commodity, estão interrompidos por causa da redução da produção, falta de funcionários nos portos e preocupações de segurança, informaram fontes do setor.

Uma revolta popular contra o líder Muammar Kadafi, que está há 41 anos no poder, levou alguns navios a evitar se dirigir para a Líbia. Várias embarcações recusaram-se a aportar no país ou retornaram no meio do caminho. O tempo ruim no mar Mediterrâneo também prejudica as operações, segundo as fontes.

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"É uma combinação de interrupção e mau tempo", disse um operador de petróleo de uma empresa petrolífera que compra óleo da Líbia.

Os distúrbios na Líbia e a possibilidade de o país parar de exportar seu 1,3 milhão de barris por dia (bpd) de petróleo elevaram o preço da commodity no mercado internacional. O petróleo Brent subiu para quase 120 dólares o barril na quinta-feira, seu nível mais alto desde 2008.

"O capitão do navio petroleiro que nós contratamos recusou-se a ir para a Líbia", disse uma fonte de uma grande empresa petrolífera. "Ele disse que estava preocupado com a segurança no porto."

"Você não consegue entrar nesses portos. A comunicação é zero", declarou outro comprador de petróleo líbio.

A Líbia exporta petróleo a partir de portos como os de Ras Lanuf, Zuetina, Marsa el Hariga, Brega, Bouri, Es Sider, Zawia e Mellitah.

Fontes do setor disseram nesta sexta que o terminal de Es Sider estava em operação, e outras fontes afirmaram que os terminais de Zawia e Mellitah só estavam fechados em decorrência do mau tempo.

A Líbia produz normalmente cerca de 1,6 milhão de bpd de petróleo de alta qualidade, o que representa quase 2 por cento da produção mundial. Entre 30 e 75 por cento da produção foi interrompida em decorrência dos distúrbios no país.

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