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Maduro diz que não abandonará diálogo com oposição

O presidente da Venezuela disse esperar que o outro lado também não abandone a mesa de diálogo

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro: "o fato de estar dialogando, debatendo, é um avanço democrático importante", disse (AFP)
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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 06h56.

Caracas - O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira que não abandonará a mesa de diálogo com a oposição e espera que o outro lado também não o faça, após garantir que os dirigentes opositores que aceitaram conversar com seu governo receberam "grandes pressões".

"Há muitas pressões para destruir os níveis básicos de diálogo que temos com a oposição política. Eu não vou deixar a mesa de diálogo e espero que eles também não o façam", disse o presidente durante seu programa de rádio "Em Contato com Maduro".

O governante afirmou que "o fato de estar dialogando, debatendo, é um avanço democrático importante" e acrescentou que é "normal" que existam diferenças nos temas colocados sobre a mesa de discussão desde que o processo de diálogo foi iniciado no dia 10 de abril.

As declarações do presidente aconteceram horas depois que a aliança de oposição Mesa de la Unidad Democrática (MUD, mesa da unidade democrática) anunciou que o diálogo estava em crise e que voltaria a se reunir com o Executivo quando este demonstrar com ações sua disposição para conversar.

Maduro disse que "não é automático" que um tema proposto no diálogo seja aprovado e que o mesmo represente uma condição para a continuação das conversas.

"Envio minha mensagem de boa vontade para seguir debatendo, seguir dialogando", reiterou Maduro.

Além disso, comentou que foi informado sobre a possibilidade de que o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolini, chegue ao país para se juntar ao processo de diálogo como acompanhante e lhe deu as boas-vindas antecipadamente.

Insistiu que a mesa de diálogo "tem que continuar sendo um espaço de encontro" para construir "uma agenda nacional onde surjam acordos que favoreçam todo o país" e ressaltou que uma reunião na qual "se fale de paz" jamais será interrompida.

"Espero que ninguém se deixe pressionar por fatores externos e não os obriguem a, mais uma vez, servir a interesses diferentes dos interesses do país", declarou.

Na próxima quinta-feira ocorreria a quarta reunião para o diálogo com a presença dos chanceleres da União das Nações Sul-americanas (Unasul), mas os representantes da MUD anunciaram que falarão com os ministros para deixá-los a par de quão "comprometido está o diálogo".

O governo e a oposição iniciaram um processo de diálogo no dia 10 de abril para tentar encontrar uma saída para a crise política gerada com o início dos protestos contra o Executivo no dia 12 de fevereiro.

Algumas dessas manifestações terminaram com incidentes violentos que, até o momento, deixam um saldo oficial de 42 mortos e mais de 800 feridos.

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Caracas - O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira que não abandonará a mesa de diálogo com a oposição e espera que o outro lado também não o faça, após garantir que os dirigentes opositores que aceitaram conversar com seu governo receberam "grandes pressões".

"Há muitas pressões para destruir os níveis básicos de diálogo que temos com a oposição política. Eu não vou deixar a mesa de diálogo e espero que eles também não o façam", disse o presidente durante seu programa de rádio "Em Contato com Maduro".

O governante afirmou que "o fato de estar dialogando, debatendo, é um avanço democrático importante" e acrescentou que é "normal" que existam diferenças nos temas colocados sobre a mesa de discussão desde que o processo de diálogo foi iniciado no dia 10 de abril.

As declarações do presidente aconteceram horas depois que a aliança de oposição Mesa de la Unidad Democrática (MUD, mesa da unidade democrática) anunciou que o diálogo estava em crise e que voltaria a se reunir com o Executivo quando este demonstrar com ações sua disposição para conversar.

Maduro disse que "não é automático" que um tema proposto no diálogo seja aprovado e que o mesmo represente uma condição para a continuação das conversas.

"Envio minha mensagem de boa vontade para seguir debatendo, seguir dialogando", reiterou Maduro.

Além disso, comentou que foi informado sobre a possibilidade de que o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolini, chegue ao país para se juntar ao processo de diálogo como acompanhante e lhe deu as boas-vindas antecipadamente.

Insistiu que a mesa de diálogo "tem que continuar sendo um espaço de encontro" para construir "uma agenda nacional onde surjam acordos que favoreçam todo o país" e ressaltou que uma reunião na qual "se fale de paz" jamais será interrompida.

"Espero que ninguém se deixe pressionar por fatores externos e não os obriguem a, mais uma vez, servir a interesses diferentes dos interesses do país", declarou.

Na próxima quinta-feira ocorreria a quarta reunião para o diálogo com a presença dos chanceleres da União das Nações Sul-americanas (Unasul), mas os representantes da MUD anunciaram que falarão com os ministros para deixá-los a par de quão "comprometido está o diálogo".

O governo e a oposição iniciaram um processo de diálogo no dia 10 de abril para tentar encontrar uma saída para a crise política gerada com o início dos protestos contra o Executivo no dia 12 de fevereiro.

Algumas dessas manifestações terminaram com incidentes violentos que, até o momento, deixam um saldo oficial de 42 mortos e mais de 800 feridos.

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