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Macron se pronuncia na França após dias de caos pela reforma da Previdência

Com o governo tendo sobrevivido no Parlamento, mas ainda alvo de duros protestos, o presidente concede entrevistas em rede nacional e tenta "acalmar os ânimos"

Reforma da Previdência: A expectativa do governo é usar a aparição na TV para "acalmar as coisas" (AFP/AFP)
Carolina Riveira

Repórter de Economia e Mundo

Publicado em 21 de março de 2023 às 20h03.

Última atualização em 22 de março de 2023 às 06h49.

O presidente francês Emmanuel Macron concede sua primeira entrevista nacional nesta quarta-feira, 22, em meio a um turbilhão de protestos na França em contrariedade à reforma da previdência no país.

A expectativa do governo é usar a aparição na TV para "acalmar as coisas", segundo disse uma fonte do governo à agência Reuters.

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Reforma da Previdência na França

A reforma da Previdência apoiada por Macronaumenta de 62 para 64 anos a idade mínima de aposentadoria,o que originou os protestos em âmbito nacional e a maior crise para o governo Macron desde o episódio dos "coletes amarelos" há seis anos. Macron usou um dispositivo na lei francesa para conseguir implementar a reforma mesmo sem o Parlamento.

Na segunda-feira, 20, o governo Macron sobreviveu a duas moções de confiança no Parlamento, abrindo caminho para a reforma. Uma das moções chegou a ser aprovada por278 votos contra o governo, ainda assim ficando abaixo dos 287 necessários. A aliança de centro que apoia o governo tem maioria no Parlamento.

Futuras reformas

Apesar do caos gerado pela proposta, a premiê do governo Macron, Elisabeth Borne, disse em fala ao Parlamento que o governo não vai mudar de curso: não haverá uma reformulação do gabinete (incluindo da própria Borne, cuja cabeça é pedida mesmo entre aliados) ou um referendo para consultar a população sobre a reforma.

Macron deseja ainda outras reformas nos próximos meses, o que levou Oliver Faure, líder do Partido Socialista, de centro-esquerda, a dizer que o governo está "brincando com fogo".

Sindicatos, movimentos sociais e civis têm um grande protesto marcado para quinta-feira, 23. Na terça-feira, manifestantes também completaram o sexto dia consecutivo de protestos contra a reforma

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