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Macri pedirá no Mercosul uso de cláusula contra Venezuela

A Cúpula do Mercosul, prevista para 21 de dezembro em Assunção, será a estreia de Macri, que tomará posse dia 10, em encontros internacionais

Venezuela: "A situação que a Venezuela vive sob o governo de Nicolás Maduro não corresponde ao compromisso democrático" (Martin Acosta / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2015 às 11h46.

Buenos Aires - O presidente eleito da Argentina , Mauricio Macri, antecipou nesta segunda-feira que, na próxima Cúpula do Mercosul , em dezembro, solicitará que seja aplicada a cláusula democrática contra a Venezuela pela "perseguição aos opositores e à liberdade de expressão".

A Cúpula do Mercosul, prevista para 21 de dezembro em Assunção, será a estreia de Macri, que tomará posse dia 10, em encontros internacionais.

"É evidente que cabe a aplicação dessa cláusula porque as denúncias são claras, são contundentes, não são uma invenção", disse hoje o líder do Mudemos em sua primeira entrevista coletiva após a vitória sobre o governista Daniel Scioli no segundo turno da eleição presidencial, realizado ontem na Argentina.

"A situação que a Venezuela vive sob o governo de Nicolás Maduro não corresponde ao compromisso democrático que nós argentinos assumimos", acrescentou o presidente eleito, que já tinha antecipado durante a campanha sua intenção de denunciar a Venezuela no Mercosul caso chegasse à Casa Rosada.

Ns últimas semanas, Macri se referiu várias vezes à situação da oposição na Venezuela, e muito especialmente ao caso do dirigente Leopoldo López, condenado a 14 anos de prisão.

A esposa de López, Lilian Tintori, foi ontem à noite ao comitê eleitoral do Mudemos em Buenos Aires comemorar a vitória de Macri.

A cláusula democrática prevista no Mercosul - formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, estabelece a possibilidade de suspender um Estado membro caso haja ruptura da ordem democrático, de acordo com o Protocolo de Ushuaia, assinado em 1998, que só pode ser aplicado por consenso.

O acordo foi aperfeiçoado em 2011, mediante um novo protocolo, que dá margem a sanções mais severas, como o fechamento total ou parcial das fronteiras terrestres e a suspensão ou limitação do comércio, do tráfego aéreo e marítimo, das comunicações e do fornecimento de energia e de serviços.

O protocolo foi utilizado em 2012 para suspender temporariamente o Paraguai depois de o então presidente do Paraguai, Fernando Lugo, ser cassado pelo Congresso sem o "devido processo", consideraram os membros do Mercosul.

O alto representante do Mercosul, o brasileiro Florisvaldo Fier, o Dr. Rosinha, descartou em outubro aplicar a cláusula democrática contra a Venezuela, quando Macri fez essa promessa de campanha.

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Buenos Aires - O presidente eleito da Argentina , Mauricio Macri, antecipou nesta segunda-feira que, na próxima Cúpula do Mercosul , em dezembro, solicitará que seja aplicada a cláusula democrática contra a Venezuela pela "perseguição aos opositores e à liberdade de expressão".

A Cúpula do Mercosul, prevista para 21 de dezembro em Assunção, será a estreia de Macri, que tomará posse dia 10, em encontros internacionais.

"É evidente que cabe a aplicação dessa cláusula porque as denúncias são claras, são contundentes, não são uma invenção", disse hoje o líder do Mudemos em sua primeira entrevista coletiva após a vitória sobre o governista Daniel Scioli no segundo turno da eleição presidencial, realizado ontem na Argentina.

"A situação que a Venezuela vive sob o governo de Nicolás Maduro não corresponde ao compromisso democrático que nós argentinos assumimos", acrescentou o presidente eleito, que já tinha antecipado durante a campanha sua intenção de denunciar a Venezuela no Mercosul caso chegasse à Casa Rosada.

Ns últimas semanas, Macri se referiu várias vezes à situação da oposição na Venezuela, e muito especialmente ao caso do dirigente Leopoldo López, condenado a 14 anos de prisão.

A esposa de López, Lilian Tintori, foi ontem à noite ao comitê eleitoral do Mudemos em Buenos Aires comemorar a vitória de Macri.

A cláusula democrática prevista no Mercosul - formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, estabelece a possibilidade de suspender um Estado membro caso haja ruptura da ordem democrático, de acordo com o Protocolo de Ushuaia, assinado em 1998, que só pode ser aplicado por consenso.

O acordo foi aperfeiçoado em 2011, mediante um novo protocolo, que dá margem a sanções mais severas, como o fechamento total ou parcial das fronteiras terrestres e a suspensão ou limitação do comércio, do tráfego aéreo e marítimo, das comunicações e do fornecimento de energia e de serviços.

O protocolo foi utilizado em 2012 para suspender temporariamente o Paraguai depois de o então presidente do Paraguai, Fernando Lugo, ser cassado pelo Congresso sem o "devido processo", consideraram os membros do Mercosul.

O alto representante do Mercosul, o brasileiro Florisvaldo Fier, o Dr. Rosinha, descartou em outubro aplicar a cláusula democrática contra a Venezuela, quando Macri fez essa promessa de campanha.

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