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Lula diz que comércio regional não deve ser tratado em "gincana eleitoral"

São Paulo – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu hoje (3) a aposta da política externa brasileira no fortalecimento das relações comerciais do país com os membros do Mercosul. Lula destacou que o comércio regional brasileiro foi um dos fatores que possibilitaram o país a superar a crise econômica internacional. Para […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

São Paulo – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu hoje (3) a aposta da política externa brasileira no fortalecimento das relações comerciais do país com os membros do Mercosul. Lula destacou que o comércio regional brasileiro foi um dos fatores que possibilitaram o país a superar a crise econômica internacional. Para o presidente, o assunto não deveria ser tratado superficialmente em uma "gincana de retórica eleitoral".

"O comércio regional não cabe mais no espaço do pequeno preconceito ideológico. Nem pode ser tratado superficialmente em uma gincana de retórica eleitoral", disse.

"A opção desse governo pela diversificação dos parceiros comerciais, bem como a aposta no fortalecimento do comércio regional com o Mercosul, revelou ser um acerto nas provas cruciais da crise mais dramática, mais vivida pela economia nos últimos anos", completou. Lula discursou na cerimônia comemorativa dos 10 anos do jornal Valor Econômico, em São Paulo.

O presidente da República defendeu ainda a postura brasileira de diversificar os parceiros comerciais de suas pauta de exportações. Para Lula, os países que atrelaram suas economias aos Estados Unidos sucumbiram com a retração norte-americana.

"Quem atrelou seu mercado e seu parque industrial ao livre comércio com os Estados Unidos, como se defendia aqui nos anos 90, sucumbiu dramaticamente sob o peso da contração comercial norte-americana".

Lula, no entanto, ressalvou que as trocas comerciais brasileiras com os Estados Unidos tiveram forte crescimento nos últimos anos, acima até dos resultados obtidos por países que tinham acordos bilaterais com os EUA.

"O Brasil, no entanto, não descuidou das trocas com os parceiros tradicionais. Não subtraímos. Apenas ampliamos estrategicamente o leque das relações comerciais, como nunca se fez na história da diplomacia brasileira".

O presidente afirmou ainda que o país deveria, na disputa eleitoral, refletir sobre a transição da condição de economia emergente para a de potência global. "O debate eleitoral que se aproxima deveria ser entendido como uma oportunidade única para se pensar com grandeza a transição de uma economia emergente para a condição de potência global".

 

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