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Lula deve conversar com Maduro nesta quarta, dez dias após eleições na Venezuela

Presidente brasileiro também pretende falar com González, candidato da oposição

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fala durante entrevista coletiva conjunta com o presidente do Chile, Gabriel Boric, nesta segunda-feira no palácio La Moneda, em Santiago (Chile) (Elvis González/EFE)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 6 de agosto de 2024 às 19h40.

Última atualização em 6 de agosto de 2024 às 19h44.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode conversar, nesta quarta-feira, com o venezuelano Nicolás Maduro, dez dias depois das eleições conturbadas no país vizinho, cujo desfecho é incerto. Segundo auxiliares de Lula, ainda não está fechado como será o formato do telefonema: se apenas o presidente brasileiro falará com Maduro, ou se o diálogo vai incluir os presidentes da Colômbia e do México, Gustavo Petro e López Obrador.

Em um segundo momento, o próximo a ser procurado é Edmundo González, que disputou a eleição com Maduro no dia 28 de julho.

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O atual presidente da Venezuela foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país, que tem perfil chavista, mas a oposição não aceita e garante que González ganhou.

Brasil, Colômbia e México querem abrir um canal de negociação entre Maduro e González, para que seja encontrada uma solução para a crise que assolou a Venezuela, com prisões e mortes de manifestantes antichavistas. Os três países também insistem na divulgação das atas eleitorais (os detalhes da votação por urna), para que fique comprovado quem realmente venceu a eleição.

O CNE informou, na segunda-feira, que enviou as atas à Justiça, que terá 15 dias para analisar os documentos, prazo que poderá ser prorrogado. A demora preocupa o governo brasileiro que, apesar das pressões, mantém a posição de só se pronunciar a respeito de quem venceu após a divulgação dos boletins de urna.

Um ponto apontado por interlocutores da área diplomática como relevante em uma negociação entre Maduro e González é um possível revanchismo, caso fique comprovada a derrota do atual presidente. A avaliação é que Maduro só deixará o poder depois de apresentadas garantias.

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