Reino Unido diz que acabará com livre circulação após Brexit sem acordo
Caso o Reino Unido deixe a União Europeia sem acordo, a livre circulação de europeus será interrompida no dia 31 de outubro
EFE
Publicado em 19 de agosto de 2019 às 11h38.
Última atualização em 19 de agosto de 2019 às 16h23.
Londres — O Governo britânico advertiu nesta segunda-feira que a atual legislação que permite que os cidadãos comunitários vivam e trabalhem livremente no Reino Unido "terminará" caso a saída do país da União Europeia ocorra sem acordo em 31 de outubro.
Uma porta-voz do Executivo de Boris Johnson esclareceu que, se ocorrer essa situação, serão criadas novas leis "mais duras" para aplicar àquelas pessoas que se mudam para o Reino Unido.
A mesma fonte reiterou que o governo conservador deseja implantar um sistema de pontos similares ao usado pela Austrália para controlar a imigração.
O princípio de livre circulação possibilita que os cidadãos da UE residam e trabalhem em qualquer outro país do bloco comunitário.
Perguntado sobre este assunto, Johnson afirmou hoje que sob seu governo, este país não será "em absoluto hostil à imigração" e acrescentou que estará "democraticamente controlado".
O Reino Unido acolhe atualmente aproximadamente 3,2 milhões de cidadãos de outros países comunitários.
Sob o acordo de saída negociado com Bruxelas pela ex-primeira-ministra britânica Theresa May, a livre circulação seria mantida durante um período de transição de dois anos após o Brexit.
No entanto, esse acordo não conseguiu a aprovação do Parlamento e, a menos que agora se chegue a outro novo pacto, o país deixará a UE de maneira abrupta em 31 de outubro.
No caso de um Brexit duro, os cidadãos comunitários terão direito a uma residência permanente se residirem no país há mais de cinco anos.