Exame Logo

Líder opositor pede que mulheres e crianças saiam de praça

Dirigente opositor ucraniano Vitali Klitschko pediu que mulheres e crianças abandonem a Praça da Independência de Kiev

Mulher passa em frente a uma barricada, construídas por opositores: pelo menos cinco pessoas morreram hoje durante confrontos (Aris Messinis/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 14h59.

Kiev - O dirigente opositor ucraniano Vitali Klitschko pediu nesta terça-feira que mulheres e crianças abandonem a Praça da Independência (Maidan) de Kiev diante da possibilidade de serem expulsos pelas forças antidistúrbios.

"Peço às mulheres e às crianças que abandonem Maidan. Não descarto a dispersão", disse Klitschko falando para os manifestantes na praça da capital ucraniana.

Klitschko pediu às forças de segurança para cessar a violência, e assegurou que, "apesar das fracassadas tentativas anteriores de realizar negociações pacíficas", não se deve desperdiçar essa oportunidade, em alusão à reunião prevista para amanhã com o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich.

"Estamos aqui no Maidan, e não permitiremos que seja desalojado pela força. Pedimos à polícia e aos Berkut (forças antidistúrbios) para não fazê-lo. O mais importante é impedir o derramamento de sangue", acrescentou.

Por sua vez, o líder do principal partido opositor (Batkivschina), Arseniy Yatsenyuk, afirmou que as autoridades "planejam destruir o Maidan e querem preservar o futuro com rajadas de Kalashnikov".

"Vemos que o regime não está disposto a fazer qualquer concessão. Vemos que o regime começou a disparar contra o povo. Não sairemos de Maidan", assegurou.

Já o ex-ministro do Interior Yuriy Lutsenko declarou: "O tempo das palavras passou. Infelizmente, por culpa de uma pessoa que está no topo da pirâmide criminal".

Ele fez um apelo para que os moradores de Kiev vão à praça porque é lá "onde o futuro da Ucrânia está sendo negociado".

Durante quase todo o dia de violentos choques, os líderes opositores mantiveram um hermético silêncio até que as autoridades dessem um ultimato aos manifestantes para que pusessem fim aos confrontos.

Soldados antidistúrbios ucranianos rodearam a Praça da Independência após dispersar os manifestantes que estavam concentrados na Rua Grushevski, nas imediações do estádio Valeriy Lobanovskyi.

Pelo menos cinco pessoas morreram hoje nos confrontos desencadeados no centro de Kiev, nos quais ficaram feridos 150 manifestantes e 47 soldados. Manifestantes e soldados protagonizam na capital os primeiros choques violentos desde as desordens do fim de janeiro.

Os enfrentamentos explodiram na Rua Grushevski quando a polícia tentou impedir a passagem de uma grande manifestação convocada pela oposição para demandar que seja restituída a Constituição de 2004, o que limitaria os poderes do presidente.

Veja também

Kiev - O dirigente opositor ucraniano Vitali Klitschko pediu nesta terça-feira que mulheres e crianças abandonem a Praça da Independência (Maidan) de Kiev diante da possibilidade de serem expulsos pelas forças antidistúrbios.

"Peço às mulheres e às crianças que abandonem Maidan. Não descarto a dispersão", disse Klitschko falando para os manifestantes na praça da capital ucraniana.

Klitschko pediu às forças de segurança para cessar a violência, e assegurou que, "apesar das fracassadas tentativas anteriores de realizar negociações pacíficas", não se deve desperdiçar essa oportunidade, em alusão à reunião prevista para amanhã com o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich.

"Estamos aqui no Maidan, e não permitiremos que seja desalojado pela força. Pedimos à polícia e aos Berkut (forças antidistúrbios) para não fazê-lo. O mais importante é impedir o derramamento de sangue", acrescentou.

Por sua vez, o líder do principal partido opositor (Batkivschina), Arseniy Yatsenyuk, afirmou que as autoridades "planejam destruir o Maidan e querem preservar o futuro com rajadas de Kalashnikov".

"Vemos que o regime não está disposto a fazer qualquer concessão. Vemos que o regime começou a disparar contra o povo. Não sairemos de Maidan", assegurou.

Já o ex-ministro do Interior Yuriy Lutsenko declarou: "O tempo das palavras passou. Infelizmente, por culpa de uma pessoa que está no topo da pirâmide criminal".

Ele fez um apelo para que os moradores de Kiev vão à praça porque é lá "onde o futuro da Ucrânia está sendo negociado".

Durante quase todo o dia de violentos choques, os líderes opositores mantiveram um hermético silêncio até que as autoridades dessem um ultimato aos manifestantes para que pusessem fim aos confrontos.

Soldados antidistúrbios ucranianos rodearam a Praça da Independência após dispersar os manifestantes que estavam concentrados na Rua Grushevski, nas imediações do estádio Valeriy Lobanovskyi.

Pelo menos cinco pessoas morreram hoje nos confrontos desencadeados no centro de Kiev, nos quais ficaram feridos 150 manifestantes e 47 soldados. Manifestantes e soldados protagonizam na capital os primeiros choques violentos desde as desordens do fim de janeiro.

Os enfrentamentos explodiram na Rua Grushevski quando a polícia tentou impedir a passagem de uma grande manifestação convocada pela oposição para demandar que seja restituída a Constituição de 2004, o que limitaria os poderes do presidente.

Acompanhe tudo sobre:Crise políticaOposição políticaUcrânia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame