Líder do EI fugiu de Mossul, confirma autoridade iraquiana
Governador da província de Ninawa, Nofal Hamadi al Sultan, falou de uma derrota "iminente" dos extremistas
EFE
Publicado em 12 de novembro de 2016 às 12h37.
Erbil - O líder do grupo jihadista Estado Islâmico , Abu Bakr al Bagdadi, fugiu da cidade iraquiana de Mossul , segundo o governador da província de Ninawa, Nofal Hamadi al Sultan, que falou de uma derrota "iminente" dos extremistas.
O governador de Ninawa, cuja capital é Mossul, revelou em entrevista coletiva na cidade de Erbil que "há informações confirmadas sobre a fuga do líder do Daesh (acrônimo em árabe do EI)".
De acordo com Al Sultan, a última gravação de áudio emitida por al-Baghdadi indica que ele está fora de Mossul, sem oferecer mais detalhes sobre esta conclusão.
Nesse áudio, divulgado em 3 de novembro, o autoproclamado califa pediu que seus combatentes não deixem Mossul. "Não fujam (...) isto é o prelúdio da vitória", afirmou em uma tentativa de encorajar suas fileiras.
O governador não precisou o paradeiro do líder jihadista, nem se este teria fugido à cidade síria de Al Raqqa, como outros dirigentes e combatentes do grupo.
A respeito, Al Sultan afirmou hoje que os principais dirigentes do EI e os combatentes de nacionalidade estrangeira se transferiram a Al Raqqa, o reduto dos jihadistas na Síria, e que em Mossul só restam extremistas iraquianos.
Em seu comparecimento na sede temporária da Prefeitura em Erbil, o governador garantiu que o afundamento do EI é "iminente" e que as forças iraquianas avançam "rapidamente" para recuperar Mossul.
Os bairros de Mossul "foram palco de um grande avanço da segurança iraquiano que obteve vitórias perante o EI", ressaltou Al Sultan, que destacou que "a batalha decisiva" contra os jihadistas vai acontecer "em breve" e "não se prolongará".
Também revelou que são notáveis os indícios de "um levantamento interno dos jovens de Mossul contra o EI" há alguns dias.
O governador disse, além disso, que as tropas estão estreitando o cerco sobre os extremistas e que as autoridades "nunca permitirão o retorno do EI a Mossul uma vez liberada".
A ofensiva das tropas iraquianas e curdas para libertar Mossul começou em 17 de Outubro desde três frentes -norte, sul e leste-, e permitiu até o momento a conquista de vários bairros orientais da urbe.