Líbia rejeita acampamentos de migrantes em seu território
Um projeto deste tipo significaria que a UE "se nega a assumir suas responsabilidades e as repassa para nós", disse ministro das relações exteriores do país
Da Redação
Publicado em 6 de outubro de 2016 às 11h59.
A Líbia se opôs à abertura, em seu território, de acampamentos para migrantes que se dirigem à Europa, proposta por alguns líderes europeus para limitar o número de chegadas através do Mediterrâneo, declarou nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores líbio.
Um projeto deste tipo significaria que a União Europeia (UE) "se nega a assumir suas responsabilidades e as repassa para nós", considerou Taher Siala durante uma reunião da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), em Viena.
A ideia está "muito afastada da realidade do local", enquanto a Líbia segue sendo devastada por uma guerra civil, acrescentou Siala.
Alguns países europeus, incluindo Áustria e Hungria, defendem o fechamento de um acordo com Trípoli para enviar à Líbia os migrantes que tiverem passado por este país, como prevê o controverso pacto alcançado com a Turquia em março deste ano.
Entre as propostas figura a construção de acampamentos gigantes, financiados e administrados pela UE, onde os solicitantes de asilo, devolvidos ou não, poderiam e deveriam apresentar seus pedidos de asilo na Europa e esperar uma eventual aprovação.
Mais de 300.000 migrantes cruzaram o Mediterrâneo desde o início deste ano em direção à Europa, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). Grande parte deles são provenientes da África subsaariana e embarcam na Líbia.
Desde o início do ano, 3.500 pessoas morreram no Mediterrâneo, 28 delas na terça-feira passada diante da costa da Líbia.
Um total de 235.000 migrantes estariam neste país esperando para partir à Itália, declarou no fim de setembro o emissário da ONU na Líbia, Martin Kobler.
A Líbia se opôs à abertura, em seu território, de acampamentos para migrantes que se dirigem à Europa, proposta por alguns líderes europeus para limitar o número de chegadas através do Mediterrâneo, declarou nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores líbio.
Um projeto deste tipo significaria que a União Europeia (UE) "se nega a assumir suas responsabilidades e as repassa para nós", considerou Taher Siala durante uma reunião da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), em Viena.
A ideia está "muito afastada da realidade do local", enquanto a Líbia segue sendo devastada por uma guerra civil, acrescentou Siala.
Alguns países europeus, incluindo Áustria e Hungria, defendem o fechamento de um acordo com Trípoli para enviar à Líbia os migrantes que tiverem passado por este país, como prevê o controverso pacto alcançado com a Turquia em março deste ano.
Entre as propostas figura a construção de acampamentos gigantes, financiados e administrados pela UE, onde os solicitantes de asilo, devolvidos ou não, poderiam e deveriam apresentar seus pedidos de asilo na Europa e esperar uma eventual aprovação.
Mais de 300.000 migrantes cruzaram o Mediterrâneo desde o início deste ano em direção à Europa, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). Grande parte deles são provenientes da África subsaariana e embarcam na Líbia.
Desde o início do ano, 3.500 pessoas morreram no Mediterrâneo, 28 delas na terça-feira passada diante da costa da Líbia.
Um total de 235.000 migrantes estariam neste país esperando para partir à Itália, declarou no fim de setembro o emissário da ONU na Líbia, Martin Kobler.