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Krugman pede a partícula ‘mais veloz que a luz’ para salvar a Grécia

“Se isso falhar, ainda temos aqueles falsos alienígenas do espaço”, diz o prêmio Nobel de economia

“Tudo o que precisamos é utilizar alguns daqueles neutrinos mais rápidos que a luz para mandar uma mensagem ao passado", diz (Getty Images)

“Tudo o que precisamos é utilizar alguns daqueles neutrinos mais rápidos que a luz para mandar uma mensagem ao passado", diz (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2011 às 08h46.

São Paulo - O prêmio Nobel de Economia Paul Krugman disse ter encontrado a solução para a crise financeira que tem assolado a economia global. “Esqueça todas as últimas coisas sombrias que tenho escrito recentemente. A solução está na mão”, disse ele hoje em seu blog “A consciência de um liberal” na versão online do jornal The New York Times.

“Tudo o que precisamos é utilizar alguns daqueles neutrinos mais rápidos que a luz para mandar uma mensagem ao passado, alertando a eles [os países] para não desregularem (e não deixar a Grécia unir-se ao euro)”, brinca ele em uma referência à mais recente descoberta espetacular da ciência mundial.

O instituo CERN, na Suíça, revelou que medições feitas ao longo de três anos revelaram que neutrinos haviam chegado a uma velocidade de em média 60 nanossegundos mais rápido do que a luz. “Se isso falhar, ainda temos aqueles falsos aliens do espaço”, afirma. Krugman levou o keynesianismo literalmente ao espaço em agosto ao pedir um novo estímulo do governo americano.

A invasão alien

Krugman afirmou em um programa da CNN que o déficit não é a prioridade econômica principal e que os esforços na 2ª Guerra Mundial ajudaram na saída da Grande Depressão e brincou que algo similar poderia ser feito hoje. “Pense sobre a 2ª Guerra Mundial, ok? Havia, na verdade, um gasto social negativo, e ainda assim nos tirou de lá (da depressão)”, disse ele.

“Se nós descobríssemos que aliens vindos do espaço estariam planejando um ataque e nós precisássemos de uma infraestrutura para conter a ameaça e se a inflação e o déficit do orçamento assumissem uma segunda posição, esta queda teria um fim em 18 meses ”, ressaltou. “E, se então descobrirmos, ops, foi um erro, não há aliens, sairíamos dessa melhor”, disse Krugman. Os gastos do governo americano cresceram 37% em 1941, 132% em 1942 e 110% em 1943. Tudo isso apoiado por investimentos em equipamentos militares.

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