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Kofi Annan visitará o Irã para tratar o conflito na Síria

O Irã advertiu que a ONU deve vigiar que as posições que forem abandonadas pelas tropas sírias não sejam ocupadas pelos grupos opositores armados

Até agora, Annan visitou Egito, Turquia, Emirados Árabes Unidos, China e Rússia em seu trabalho para frear o conflito (Louai Beshara/AFP)
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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2012 às 10h03.

Teerã - O enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, visitará Teerã nos próximos dias para tratar com as autoridades iranianas o conflito sírio, segundo disse nesta quarta-feira o ministro de Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, citado pela agência local 'Mehr'.

Ao término do Conselho de Ministros, Salehi disse que o Irã se alegra que o plano de seis pontos de Annan para estabilizar Síria tenha sido aceito, mas advertiu que se deve vigiar que as posições que forem abandonadas pelas tropas sírias nas cidades não sejam ocupadas pelos grupos opositores armados.

O porta-voz de Annan, Ahmad Fawzi, disse na sexta-feira passada que o ex-secretário-geral da ONU queria reunir-se com as autoridades do Irã e da Arábia Saudita, países com posturas opostas em relação ao conflito, pois enquanto Teerã apoia o presidente sírio, Bashar al Assad, Riad respalda à oposição.

Até agora, Annan visitou Egito, Turquia, Emirados Árabes Unidos, China e Rússia em seu trabalho para frear o conflito, que segundo a ONU causou mais de nove mil mortes pela violência desde que começou há pouco mais de um ano.

O regime islâmico do Irã, que reprimiu com dureza os protestos que se seguiram às denúncias de fraude nas eleições presidenciais de 2009, apoiou as revoluções e revoltas na Tunísia, Egito, Iêmen, Barein, Jordânia e Arábia Saudita, às quais denomina como 'despertar islâmico'.

No entanto, respalda firmemente o regime de Damasco liderado pelo presidente Bashar al Assad, seu principal aliado árabe.

Ontem, o ministro da Defesa do Irã, geral Ahmad Vahidi, acusou o grupo de 83 países 'Amigos da Síria' de apoiar o terrorismo por não manifestar-se contra os grupos armados contrários ao regime de Damasco, e de fornecer cobertura a Israel, o grande inimigo da República Islâmica.

A oposição síria e alguns países, como os Estados Unidos, acusaram o Irã de fornecer ajuda militar - em armas, pessoal e assessoria - a Assad para reprimir o levante no país.

O Irã, por outro lado, considera que o conflito sírio foi causado por grupos 'terroristas' armados por alguns países ocidentais e árabes, especialmente os EUA. EFE

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Teerã - O enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, visitará Teerã nos próximos dias para tratar com as autoridades iranianas o conflito sírio, segundo disse nesta quarta-feira o ministro de Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, citado pela agência local 'Mehr'.

Ao término do Conselho de Ministros, Salehi disse que o Irã se alegra que o plano de seis pontos de Annan para estabilizar Síria tenha sido aceito, mas advertiu que se deve vigiar que as posições que forem abandonadas pelas tropas sírias nas cidades não sejam ocupadas pelos grupos opositores armados.

O porta-voz de Annan, Ahmad Fawzi, disse na sexta-feira passada que o ex-secretário-geral da ONU queria reunir-se com as autoridades do Irã e da Arábia Saudita, países com posturas opostas em relação ao conflito, pois enquanto Teerã apoia o presidente sírio, Bashar al Assad, Riad respalda à oposição.

Até agora, Annan visitou Egito, Turquia, Emirados Árabes Unidos, China e Rússia em seu trabalho para frear o conflito, que segundo a ONU causou mais de nove mil mortes pela violência desde que começou há pouco mais de um ano.

O regime islâmico do Irã, que reprimiu com dureza os protestos que se seguiram às denúncias de fraude nas eleições presidenciais de 2009, apoiou as revoluções e revoltas na Tunísia, Egito, Iêmen, Barein, Jordânia e Arábia Saudita, às quais denomina como 'despertar islâmico'.

No entanto, respalda firmemente o regime de Damasco liderado pelo presidente Bashar al Assad, seu principal aliado árabe.

Ontem, o ministro da Defesa do Irã, geral Ahmad Vahidi, acusou o grupo de 83 países 'Amigos da Síria' de apoiar o terrorismo por não manifestar-se contra os grupos armados contrários ao regime de Damasco, e de fornecer cobertura a Israel, o grande inimigo da República Islâmica.

A oposição síria e alguns países, como os Estados Unidos, acusaram o Irã de fornecer ajuda militar - em armas, pessoal e assessoria - a Assad para reprimir o levante no país.

O Irã, por outro lado, considera que o conflito sírio foi causado por grupos 'terroristas' armados por alguns países ocidentais e árabes, especialmente os EUA. EFE

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