Líder supremo do Irã, Ali Khamenei, deposita seu voto em uma urna no centro de Teerã durante as eleições presidenciais do Irã (Fars News/Hassan Mousavi/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2013 às 08h29.
Dubai - O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, pediu um grande comparecimento nas eleições presidenciais desta sexta-feira, e disse que não "dá a mínima" para as acusações norte-americanas de que a votação é injusta.
"O que é importante é que todo mundo participe", disse Khamenei, falando ao vivo na televisão estatal, após depositar seu voto na capital Teerã.
"Nossa querida nação deve vir (votar) com entusiasmo e vivacidade, e saber que o destino do país está nas mãos deles e que a felicidade do país depende deles." A votação desta sexta-feira é a primeira eleição presidencial do Irã desde 2009, quando a contestada reeleição de Mahmoud Ahmadinejad levou a meses de conflitos na República Islâmica.
Khamenei ridicularizou as preocupações ocidentais sobre a credibilidade da votação.
"Recentemente, ouvi que alguém no Conselho de Segurança Nacional dos EUA disse que 'nós não aceitamos esta eleição no Irã'. Nós não damos a mínima", disse.
Em 24 de maio, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, colocou em dúvida a credibilidade da eleição, criticando a desqualificação de candidatos e acusando Teerã de interromper o acesso à Internet.
O Conselho dos Guardiães do Irã, órgão estatal que avalia todos os candidatos, barrou vários concorrentes, incluindo o ex-presidente Akbar Hashemi Rafsanjani, que é visto como simpático a reformas.
Os iranianos podem escolher a partir de uma chapa de seis candidatos, em grande parte conservadores, os quais foram aprovados pelo Conselho.
Khamenei disse que não falou a ninguém sobre seu favorito à Presidência.
"Entre aqueles concorrendo... Eu tenho alguém em mente que escolhi. Eu não disse a ninguém (o meu voto). Mesmo as pessoas próximas a mim, como a minha família e as crianças, não sabem em quem eu votei", disse ele .