Khamenei declara 5 dias de luto por Nasrallah e alerta para golpes duros contra Israel
O líder supremo do Irã disse ainda que a morte de Nasrallah fortalecerá a aliança anti-Israel Eixo da Resistência
Agência de Notícias
Publicado em 28 de setembro de 2024 às 15h33.
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei , decretou neste sábado cinco dias de luto nacional pela morte do chefe do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio lançado ontem por Israel contra o Líbano, e alertou para a possibilidade de "golpes mais contundentes" de grupos da região contra Israel.
“Apresento meus mais profundos pesâmes e condolências a toda umma islâmica (comunidade muçulmana) pela morte de Nasrallah e dos seus companheiros, e declaro cinco dias de luto nacional no Irã islâmico”, anunciou Khamenei em um comunicado.
O líder supremo disse ainda que a morte de Nasrallah fortalecerá a aliança anti-Israel Eixo da Resistência, formada pelo Hezbollah, o palestino Hamas e os rebeldes houthis do Iêmen, entre outros, e liderada por Teerã.
“Os ataques da frente de resistência ao desgastado e decadente corpo do regime sionista (Israel) serão mais impactantes”, advertiu a mais alta autoridade iraniana, acrescentando que a “natureza maligna do regime sionista não venceu nesta ação”.
Por sua vez, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou pouco antes que os Estados Unidos são cúmplices do ataque de Israel que provocou a morte de Nasrallah e criticou que a ordem para o bombardeio tenha sido dada a partir de Nova York, onde estava ontem o primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
“A comunidade internacional não esquecerá que a ordem para este ataque terrorista foi emitida a partir de Nova York e os americanos não podem isentar-se da cumplicidade com os sionistas”, afirmou Pezeshkian em um comunicado divulgado pela agência de notícias estatal “Irna”.
Pezeshkian qualificou como “terrorista” o bombardeio israelense contra os subúrbios ao sul de Beirute, no qual morreu, além de Nasrallah, o subcomandante da Guarda Revolucionária iraniana, o general de brigada Abbas Nilrushan, morte à qual não se referiu.
O Irã é um dos principais aliados do Líbano e do Hezbollah, um grupo que apoia desde a sua fundação na década de 1980.